Motorista do Porsche continua preso após audiência de custódia em SP

O empresário Fernando Sastre Andrade Filho, 24, motorista do Porsche preso por envolvimento em uma colisão que deixou um homem morto na madrugada de 31 de março em São Paulo, passou hoje à tarde por audiência de custódia no Tribunal de Justiça.

O que aconteceu

O réu deve ser encaminhado para penitenciária. A audiência de custódia não averiguou o mérito da prisão, apenas as condições em que ela ocorreu, para checar se houve ilegalidade no ato.

"Verificou-se que a prisão estava em ordem e o réu seguiu preso", informou o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Sastre Filho foi preso ontem, após se entregar em uma delegacia da zona leste de São Paulo.

O réu pernoitou no 31º Distrito Policial, também na zona leste da capital. Ele se entregou no fim da tarde e passou por exames no IML.

STJ rejeitou pedido de habeas corpus nesta tarde. A 5ª Turma da Casa rejeitou o pedido da defesa alegando que "a decisão [da prisão] é muito bem fundamentada e em grande parte ela se funda na questão de que fatos novos foram descobertos após a decisão do juiz de primeira instância".

Nós discordamos [da manutenção da prisão]. Mas, por outro lado, a decisão do STJ atendeu um pedido da defesa. Ele vai para um presídio adequado para garantir a integridade física dele devido à repercussão do caso na mídia.
Jonas Marzagão, advogado de Fernando Sastre Filho

A defesa havia pedido que o réu fosse enviado para Tremembé, em caso de negativa do habeas corpus. Jonas Marzagão, advogado do réu, argumenta que Sastre Filho "não tem condição de ir para presídio normal".

Ao UOL, a SAP (Secretaria de Assistência Penitenciária) não confirmou o envio do preso para Tremembé. A localização do réu só será divulgada após a instalação do mesmo em uma das unidades prisionais do estado por questão de segurança.

Sastre Filho é réu pela morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana, 52. Lucas Morais, filho de Ornaldo, disse ao Fantástico que "não viu arrependimento" do motorista do Porsche e que espera que o crime não fique impune.