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Caso Henry Borel: STF forma maioria para manter Monique Medeiros presa

Monique Medeiros, a mãe de Henry Borel, em foto no sistema prisional  - Divulgação/Seap
Monique Medeiros, a mãe de Henry Borel, em foto no sistema prisional Imagem: Divulgação/Seap
do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/05/2024 16h23Atualizada em 06/05/2024 17h01

A segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para negar o pedido de recurso da defesa de Monique Medeiros para substituir a prisão da mãe do menino Henry Borel, morto em 2021, de preventiva (por tempo indeterminado) para domiciliar.

O que aconteceu

O ministro Gilmar Mendes, relator do processo, votou pela manutenção da prisão. O voto foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Nunes Marques, que não fizeram novas colocações acerca do caso. Monique Medeiros e o então companheiro, o ex-vereador e médico Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, estão presos preventivamente e aguardam o júri popular.

O julgamento do pedido corre em plenário virtual da Suprema Corte. Ele começou em 26 de abril está previsto para terminar nesta segunda-feira (6). Ainda faltam os votos do ministro Dias Toffoli, presidente da segunda turma do STF, e André Mendonça.

Gilmar cita garantia da ordem pública ao manter a prisão de Monique. O magistrado também apontou que Monique teria descumprido medidas cautelares fixadas pela Justiça, incluindo a coação de uma testemunha e utilização das redes sociais.

Penitenciária informou que Monique está em cela separada. A defesa dela declarou ao STF que Monique estaria sofrendo ameaças nas prisões do Rio de Janeiro. Ao STF, a SEAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) comunicou que a prisão na qual a mulher está é de segurança máxima e a acusada se encontra no mesmo pavilhão que outras custodiadas condenadas pelo mesmo crime, de modo a manter a sua integridade física.

Assim, por mais complexa que seja a demanda, é necessário que o Poder Judiciário envide os esforços necessários para a conclusão da fase de julgamento, promovendo rigoroso cumprimento dos prazos previstos na legislação. Essa postura contribuirá não apenas para o atendimento de demandas sociais relevantes, a exemplo da realização de Justiça, como também para a observância do direito dos acusados a um julgamento célere e justo.
Ministro Gilmar Mendes, em voto

Relembre o caso

Henry Borel, de 4 anos - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Henry Borel, de 4 anos
Imagem: Arquivo pessoal

Henry Borel, de 4 anos, foi morto no apartamento em que morava com a mãe e padrasto na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, em 8 de março de 2021. Segundo a polícia, a criança sofreu 23 lesões por "ação violenta". A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente, afirma o laudo.

No dia da morte, o menino chegou a ser levado pela mãe e o padrasto ao hospital. A professora Monique Medeiros e o então companheiro, o ex-vereador e médico Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, alegaram que ele havia sofrido um acidente doméstico.

Atualmente, Jairinho e Monique estão presos preventivamente (por tempo indeterminado). A dupla aguarda o júri popular. Além do homicídio triplamente qualificado de Henry, eles também respondem por torturas contra o menino, fraude processual e falsidade ideológica.

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