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Reino Unido deverá ter crescimento fraco e a inflação mais alta do G7, diz OCDE

02/05/2024 09h19

Por Andy Bruce

LONDRES (Reuters) - O Reino Unido sofrerá algumas das taxas mais baixas de crescimento econômico e a inflação mais alta entre os países do G7 neste ano e no próximo, segundo previsões da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgadas nesta quinta-feira.

A OCDE reduziu a previsão de crescimento deste ano para a economia britânica a 0,4%, em comparação com os 0,7% previstos em fevereiro. Apenas a Alemanha deverá ter um desempenho pior entre as economias avançadas do G7, que também incluem Canadá, França, Itália, Japão e Estados Unidos.

O crescimento do Reino Unido em 2025 deve se recuperar para apenas 1,0%, em comparação com a previsão anterior da OCDE de 1,2%, colocando o Reino Unido na última posição do G7.

As previsões da OCDE mostraram que a taxa anual de aumento dos preços ao consumidor no Reino Unido provavelmente será a mais alta entre os países do G7, tanto neste ano quanto no próximo.

As previsões são incômodas para o primeiro-ministro Rishi Sunak, cujo Partido Conservador está atrás do Partido Trabalhista, de oposição, nas pesquisas de opinião antes da eleição nacional.

Sunak disse aos eleitores que não seria sensato abandonar seu partido justamente quando seu plano econômico está começando a dar certo.

"Essa previsão não é particularmente surpreendente, já que nossa prioridade no último ano foi combater a inflação com taxas de juros mais altas", disse o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, em resposta à previsão da OCDE. Ele apontou para previsões mais otimistas do Fundo Monetário Internacional.

Em abril, o FMI previu de forma semelhante que o Reino Unido terá o segundo crescimento mais lento entre os países do G7 em 2024, mas projetou uma expansão mais rápida em 2025 do que na França, Alemanha, Itália e Japão.

"O robusto crescimento dos salários reais sustentará a atividade no primeiro semestre de 2024", afirmou o relatório da OCDE para o Reino Unido.

"No entanto, a inflação persistente dos preços dos serviços e o peso fiscal continuarão a pesar sobre o poder de compra dos consumidores, a demanda externa fraca restringirá o crescimento do comércio e a incerteza impedirá o investimento empresarial."

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