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Venezuela soma mais de 10 mil mortos nas mãos das forças de segurança, diz ONG

Mural com imagem do super-herói "Super Bigote" inspirado no presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas ruas de Caracas - Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Mural com imagem do super-herói "Super Bigote" inspirado no presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas ruas de Caracas Imagem: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

30/04/2024 15h58

Um total de 10.085 pessoas foram assassinadas por forças de segurança do Estado na Venezuela nos últimos dez anos, durante a gestão do presidente Nicolás Maduro, segundo um relatório da ONG Programa Venezuelano de Educação Ação em Direitos Humanos (Provea).

"Nestes dez anos de gestão de Nicolás Maduro, entre 2013 e 2023, registramos 10.085 pessoas assassinadas pelas forças do Estado venezuelano", indicou a coordenadora de pesquisa da Provea, Lissette González.

Os dados respondem em sua maioria a supostas execuções extrajudiciais, embora também levem em conta as mortes ocorridas durante os anos 2014 e 2017, quando ocorreram protestos multitudinários.

O número aumentou até 2020, quando começou a cair, segundo a ONG. A queda pode ter se dado porque "efetivamente há menos assassinatos" ou uma ausência de denúncia e reportagens na imprensa.

Em 2023, o total de vítimas fatais dessas forças foi de 620, a maioria entre 18 e 30 anos, sendo a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) a responsável por 30% dos casos.

A Provea também documentou 1.652 vítimas de tortura durante a gestão do governo de Maduro, das quais 53 ocorreram no ano passado.

"Pela primeira vez nos registros da Provea - há 35 anos - a maioria das vítimas de tortura foi composta por mulheres pobres, privadas de liberdade", apontou.

"O Estado não só reprime a liderança política, social, organizada, mas também reprime e controla esses membros mais vulneráveis, mais excluídos, os que mais estão padecendo com as consequências dessa crise econômica e social", seguiu González.

A ONG alertou que, além da pobreza, a impunidade é "a maior violação de direitos humanos" na Venezuela e alertou sobre o aumento da repressão em face às eleições presidenciais do próximo 28 de julho nas quais Maduro aspira a um terceiro mandato de seis anos.

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