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Empresa estatal chinesa construirá usina de energia solar na Nicarágua

29/04/2024 23h06

A empresa estatal China Communications Construction Company Limited (CCCC) construirá uma usina de energia solar fotovoltaica com capacidade de 67,3 megawatts na Nicarágua, informou, nesta segunda-feira (29), o governo do país centro-americano.

O projeto de energia solar será implementado com um empréstimo chinês de 80 milhões de dólares (pouco mais de R$ 400 milhões), indicou a vice-presidente Rosario Murillo à mídia oficial.

Em visita à China, funcionários do Ministério de Minas e Energia e de Ministério da Fazenda e Crédito Público nicaraguenses "vão realizar as negociações finais para que hoje à noite seja realizada a cerimônia de assinatura dos documentos, acordos, contratos e do projeto que começa no último trimestre deste ano", disse Murillo, esposa do presidente Daniel Ortega.

O projeto, fornecimento e construção da central de geração fotovoltaica serão desenvolvidos em "El Hato", em Ciudad Darío, departamento norte de Matagalpa, acrescentou.

Em dezembro, China e Nicarágua concordaram em elevar suas relações ao nível de "associação estratégica", depois de uma conversa telefônica entre o presidente chinês Xi Jinping e Ortega.

Nicarágua e China implementaram em janeiro um tratado de livre-comércio.

Em 2021, Manágua rompeu relações com Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde que pretende recuperar, inclusive através da força se necessário, e as restabeleceu com a China continental.

Desde então, a segunda maior economia mundial tem apoiado o governo nicaraguense, que enfrenta sanções e a condenação de Estados Unidos e países europeus após os protestos de 2018 contra Ortega, que deixaram mais de 300 mortos segundo a ONU.

Os dois governos concordaram que, como parte de sua associação estratégica, reforçarão "as trocas e a cooperação" também em segurança e tecnologia.

Além disso, governo e empresas chinesas vão participar da construção de habitações populares, projetos de infraestrutura viária, aeroportuária, ferroviária e energética.

bur-fj/dga/rpr/am

© Agence France-Presse

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