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Polícia indicia motorista do Posche e pede prisão pela terceira vez

do UOL

25/04/2024 11h19Atualizada em 25/04/2024 12h35

A Polícia Civil de São Paulo concluiu as investigações do acidente envolvendo uma Porsche que deixou um motorista de aplicativo morto em São Paulo e pediu, mais uma vez, a prisão preventiva do motorista.

O que aconteceu

Pedido de prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho foi enviado à Justiça de São Paulo na quarta-feira (24). A informação foi confirmada ao UOL pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O órgão não detalhou por quais crimes Fernando foi indiciado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso tramita sob segredo de Justiça. O UOL procurou a defesa de Fernando Sastre Filho, que não se manifestou até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

Imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a acidente foram entregues à Justiça. A informação é da GloboNews, que exibiu o vídeo. "A gente estava saindo da festa e ia para minha casa jogar sinuca. Do nada aconteceu um acidente horrível e aconteceu isso. Não lembro mais de nada", diz Fernando à PM que atendeu a ocorrência. Ele apresenta fala arrastada e está acompanhado da mãe, que informa que vai levá-lo a um hospital e os dois são liberados.

Esta não é a primeira vez que a polícia pede a prisão de Fernando. Dois pedidos de prisão - uma preventiva e uma temporária -, feitos após o acidente, foram negados pela Justiça de São Paulo.

Sastre dirigia Porsche 911 Carrera ano 2023, avaliado em R$ 1,3 milhão, segundo a tabela Fipe. Ele já admitiu que dirigia acima da velocidade permitida, mas negou que estivesse alcoolizado — o que é contestado por testemunhas.

Relembre o caso

Fernando Sastre bateu Porsche contra veículo do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que morreu na hora. O acidente ocorreu no dia 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf.

Carro do empresário estava a mais de 150 km/h. A informação é do Ministério Público. Testemunhas já tinham contado à polícia que Fernando fez uma ultrapassagem em alta velocidade — o limite de velocidade na via é de 50 km/h — perdeu o controle e colidiu com traseira do Sandero.

Fernando Sastre foi liberado da delegacia após prestar depoimento. Ele se apresentou à polícia 38 horas após ter deixado o local do acidente. "Ele falou só o básico para não se culpar", afirmou o delegado Nelson Vinicius Alves, acrescentando que Fernando estava frio e tranquilo durante o depoimento.

Sindicância mostrou que houve "falha de procedimento" dos PMs que abordaram o motorista do Porsche. Agentes erraram ao não testar se Fernando estava alcoolizado, disse a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) em nota. Um procedimento foi aberto para responsabilizar os policiais

Imagens de câmeras corporais de PMs que atenderam a ocorrência foram entregues após 22 dias. O conteúdo já havia sido solicitado durante as investigações, gerando críticas do delegado Nelson Alves.

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