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Opositora birmanesa Aung San Suu Kyi é transferida para prisão domiciliar

17/04/2024 11h41

A junta militar no poder em Mianmar transferiu nesta quarta-feira (17) a líder de oposição pró-democracia Aung San Suu Kyi da penitenciária onde ela cumpria pena de 27 anos de reclusão para casa. Uma fonte militar afirmou que Suu Kyi e o ex-presidente Win Myint foram colocados em prisão domiciliar.

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz, de 78 anos, cumpre longa privação de liberdade por uma série de condenações, que incluem acusações de corrupção e desrespeito às regras impostas pelos militares durante a pandemia de Covid-19. O comunicado divulgado não deixa claro se a medida é temporária ou se corresponde a uma redução da sentença da líder pró-democracia.

O porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun, afirmou que uma onda de calor motivou as autoridades a adotar medidas para proteger os prisioneiros vulneráveis.

"Não apenas Suu Kyi e Win Mying, mas também alguns detentos idosos receberam os cuidados necessários devido ao clima muito quente", disse o porta-voz à AFP.

Problemas de saúde

A imprensa local informou que, durante os meses de julgamento, Suu Kyi sofreu tonturas, vômitos e parecia não conseguir comer devido a uma infecção dentária.

Os militares birmaneses derrubaram o governo civil de Suu Kyi em fevereiro de 2021, encerrando a experiência democrática de 10 anos do país, após décadas de regime militar.

O golpe gerou uma onda de protestos da oposição, que a junta esmagou com grande força, o que desencadeou um conflito que matou mais de 4.800 civis.

A junta também anunciou nesta quarta-feira o perdão de mais de 3.300 prisioneiros em uma anistia tradicional por ocasião do período de Ano Novo no país do sudeste asiático.

Os demais detentos terão as suas penas reduzidas em um sexto, informou a junta militar em um comunicado, com exceção das pessoas condenadas por crimes graves, como homicídio, terrorismo e crimes relacionados com drogas.

(Com AFP)

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