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Alemanha e Dinamarca repatriam mulheres e crianças ligadas a jihadistas sírios

07/10/2021 07h50

Berlim, 7 Out 2021 (AFP) - Alemanha e Dinamarca repatriaram em uma mesma operação do norte da Síria 11 mulheres e 37 crianças vinculadas ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou o ministério alemão das Relações Exteriores.

Com apoio logístico do exército americano, a Alemanha trouxe de volta oito mulheres, com passaporte alemão, que integraram o EI e 23 crianças, no repatriamento mais importante organizado por Berlim desde 2019.

Na mesma operação, a Dinamarca retirou da Síria três mulheres, de nacionalidade dinamarquesa, e 14 crianças.

"As crianças não são responsáveis por sua situação (...) As mães terão que responder por seus atos", disse, em nota, o ministro alemão, Heiko Maas.

O Ministério Público Federal anunciou nesta quinta-feira que três mulheres foram presas ao desembarcar em Frankfurt, "sob fortes suspeitas de pertencer a uma organização terrorista no exterior".

Uma deles, apresentada como Romiena S., também é suspeita de ser cúmplice de crimes contra a humanidade em relação às ações cometidas pelo EI contra a minoria yazidi.

As autoridades dinamarquesas também prenderam as três mulheres repatriadas logo após o desembarque, acusadas de "promover atividades terroristas" e de "entrada e residência em uma zona de conflito".

"Estou feliz por termos conseguido trazer para a Alemanha esta noite outras 23 crianças alemãs e oito mães", acrescentou o ministro alemão no comunicado, no qual observou que se tratam de pessoas "particularmente necessitadas de proteção".

"A maioria deles são crianças doentes ou com um responsável na Alemanha, assim como seus irmãos, irmãs e mães", explicou o ministério.

Os menores ficaram detidos no campo de Roj, no nordeste da Síria, sob controle curdo.

De acordo com o jornal Bild, representantes do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha e da polícia criminal pousaram na manhã de quarta-feira no norte da Síria em um avião do exército americano.

Em seguida, a aeronave partiu com as mulheres e crianças para o Kuwait, onde o grupo pegou outro voo para Frankfurt, onde chegaram à noite.

As mulheres têm entre 30 e 38 anos e são de diferentes partes da Alemanha, segundo o jornal Spiegel.

Após a queda em março de 2019 do 'califado' do Estado Islâmico da Síria, a comunidade internacional tem debatido como tratar as pessoas ligadas ao grupo.

A maioria dos países europeus realiza operações de repatriação caso a caso.

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