Defensoria Pública habilita 60 corredores humanitários na Colômbia
A Colômbia vive dias de tensão desde 28 de abril, quando começaram as manifestações contra o governo do presidente Iván Duque, que deixaram até agora 11 mortos, segundo o Ministério Público, embora organizações sociais elevem esse número para 37.
Durante os protestos, os manifestantes bloquearam várias estradas em diferentes partes do país, impedindo a passagem de caminhões carregados com alimentos e mantimentos, assim como de ambulâncias e veículos de equipes médicas.
A Defensoria explicou em um comunicado que os corredores humanitários abertos estão em Arauca, Bolívar, Cauca, Cundinamarca, Huila, Meta, Norte de Santander, Caldas, Nariño, Risaralda, Boyacá e Valle del Cauca, entre outros departamentos.
TONELADAS DE CARGA RETIDAS.
Segundo o governo, 28.245 toneladas de alimentos e combustível foram retidas pelos bloqueios e o Plano Nacional de Vacinação contra o coronavírus também foi afetado, uma vez que a perturbação da ordem pública forçou o adiamento da campanha em Cali e Bogotá.
Esta situação causou perdas econômicas não apenas aos transportadores, mas também aos produtores agrícolas que não têm como chegar aos seus mercados.
A escassez de oxigênio também foi uma das consequências sentidas em várias cidades, incluindo Cali, o epicentro dos protestos contra o governo e dos incidentes mais violentos.
O gabinete da Defensoria afirmou em um comunicado que, em Cali, a decisão de criar um corredor humanitário foi tomada após uma reunião entre o defensor público, Carlos Camargo, autoridades regionais e manifestantes.
Graças a este acordo, foi permitido o fornecimento de "oxigênio, medicamentos e alimentos, bem como a entrada e saída de caminhões de limpeza e abastecimento de gasolina".
"Embora as atuais circunstâncias do país sejam difíceis, devemos também destacar os progressos e acordos que alcançamos em várias regiões através dos corredores humanitários pelos quais circularam caminhões com alimentos, medicamentos e combustível", destacou Camargo, citado no comunicado do seu gabinete.
Por sua parte, a presidente da Câmara de Comércio Colombiano-Americana (AmCham), María Claudia Lacouture, apelou aos manifestantes que ainda estão bloqueando as estradas para permitir a passagem de veículos a fim de restabelecer o abastecimento.
"Os bloqueios de estradas afetam todos os colombianos; a dificuldade de fornecer alimentos e insumos para diferentes setores da indústria e de cumprir os compromissos de exportação das empresas afastam os investidores e afetam o já complicado processo de recuperação econômica que não consegue engrenar devido ao impacto da covid-19", ressaltou Lacouture.
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