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Militares israelenses feridos em atropelamento em Jerusalém

06/02/2020 06h00

Jerusalém, 6 Fev 2020 (AFP) - Doze militares, um deles gravemente e dois civis foram feridos na madrugada desta quinta-feira (6) por um automóvel que os atropelou de maneira deliberada no centro de Jerusalém, informaram os serviços de emergência e a polícia, que iniciou uma investigação por "ataque terrorista".

O movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, elogiou o ataque, que considerou uma "resposta" ao plano do presidente americano Donald Trump para o Oriente Médio.

"Nesta quinta-feira, um ataque com um automóvel foi executado em Jerusalém. Um soldado ficou gravemente ferido e foi levado para um hospital", anunciou o exército israelense.

"Outros 11 soldados ficaram levemente feridos", completa o comunicado, que considera a ação muito provavelmente um "ataque terrorista".

A organização de socorristas Magen David afirmou que atendeu e retirou 14 pessoas na altura da Primeira Estação, um centro de lazer e vida noturna em Jerusalém Ocidental, no limite com a parte leste da cidade.

A polícia informou que o automóvel avançou contra a multidão às 1H45 (20H45 de Brasília, quarta-feira) na avenida próxima à antiga estação de trem otomana que foi transformada em uma área com muitos bares e restaurantes.

"As unidades policiais e os socorristas foram enviados ao local. Uma investigação foi aberta por ato terrorista", disse o porta-voz da polícia israelense, Mickey Rosenfeld.

Uma pessoa ficou gravemente ferida, outra tem ferimentos moderados e as demais 12 ferimentos leves.

O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirmou em um comunicado que "a operação de resistência no centro de Jerusalém ocupada é uma resposta tangível de nosso povo ao plano de destruição de Trump".

Algumas horas antes, um palestino de 19 anos, Yazan Abu Tabikh, morreu ao ser atingido por um tiro das forças israelenses em Jenin, Cisjordânia ocupada, onde o exército do Estado hebreu destruiu uma casa, informou a agência oficial palestina Wafa.

Os dois incidentes aconteceram nove dias depois do anúncio do projeto americano para o Oriente Médio, que pretende transformar Jerusalém na capital "indivisível" de Israel.

De acordo com o plano promovido pelo presidente Donald Trump, Israel também poderia anexar as colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, especialmente no Vale do Jordão.

O projeto também contempla a criação de um Estado palestino desmilitarizado no que restar da Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Israel recebeu de maneira favorável o plano, mas os palestinos condenaram o projeto do governo Trump.

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