Macron ataca Salvini por ausência em reunião sobre migrantes
Durante o diálogo em Paris, 14 nações da União Europeia (UE) deram aval para a criação de um "mecanismo de solidariedade" de repartição dos migrantes. A iniciativa foi apresentada pela França e Alemanha e deverá contar com o auxílio "ativo" de pelo menos oito países.
"Nós devemos reforçar a eficácia de nossa solidariedade entre europeus. Devemos respeitar as regras humanitárias e o direito marítimo internacional. Quando um navio deixa as águas da Líbia e está em águas internacionais com refugiados a bordo, deve encontrar refúgio no porto mais próximo. É uma necessidade legal e prática. Não se pode colocar em risco mulheres e homens em situações vulneráveis ", explicou Macron.
O chefe de Estado francês ainda ressaltou a importância da França, Alemanha, Finlândia, Lituânia, Portugal, Luxemburgo, Croácia e Irlanda no acordo. "Consolidamos o mecanismo à curto prazo, mas queremos ir mais longe ao responsabilizar o conjunto de países" e melhorar "a eficácia de nossa política de extradição voluntária ou involuntária ao país de origem".
Um dos objetivos do encontro é a abertura de caminho para que um tratado para garantir mais eficácia e humanismo nos resgates de migrantes no Mediterrâneo seja assinado entre 12 e 15 países no próximo mês de setembro, em Malta.
"O compromisso da França é total para buscar uma política eficaz que responda aos nossos princípios. Não devemos permitir que os populismos cresçam em qualquer lugar", acrescentou. A ausência de uma divisão justa ao acolher os migrantes é um dos principais argumentos de Salvini para explicar o endurecimento da política migratória e o fechamento dos portos italianos. Crise na Líbia - O presidente francês lançou um forte apelo às autoridades líbias para que ponham fim à detenção de migrantes que transitam pelo país e mantenham todos "em segurança" depois dos bombardeios em campos de refugiados. "Essas pessoas que estão em trânsito ou esperando devem ser protegidas de acordo com protocolos internacionais", afirmou Macron, ressaltando que "a situação atual na Líbia é uma prioridade humanitária". (ANSA)
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