Irã propõe pacto de "não agressão" entre países vizinhos
O chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, propôs neste domingo (26) um pacto de "não agressão" entre o Irã e os países do Golfo Pérsico, em um momento onde aumentam as tensões entre o governo iraniano e os Estados Unidos.
Em visita ao Iraque, o chanceler iraniano declarou que Teerã busca construir "relações equilibradas" entre todos os Estados da região. Ele assegurou que seu país não desrespeitou os compromissos do acordo de 2015 sobre o programa nuclear, assinado entre o Irã e as potências ocidentais. Por outro lado, disse, os Estados Unidos "estão em contradição" com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O acordo prevê a diminuição de sanções econômicas em troca da suspensão das atividades nucleares iranianas, incluindo o enriquecimento de urânio e sua estocagem. O Irã voltou a produzir urânio a baixo teor radioativo depois que os Estados Unidos saíram do acordo em 2018 adotaram medidas restritivas unilaterais.
EUA enviam reforços militares
O governo americano também reforçou sua presença militar na região. Na sexta-feira (25), o governo americano enviou 1.500 soldados ao Golfo Pérsico de maneira preventiva. "O aumento da presença americana na nossa região é perigoso e uma ameaça à paz e à segurança internacional. Ele deve ser resolvido", disse Zarif neste sábado (25),antes de deixar o Paquistão, segundo a agência de notícias oficial Irna.
O governo Trump também informou ao Congresso americano sobre novas vendas de armas para a Arábia Saudita, maior rival regional do Irã, e para os Emirados Árabes Unidos, novamente citando a ameaça iraniana.
Neste contexto, Teerã se recusa a dialogar com Washington. "Nós dissemos claramente: enquanto a atitude não mudar, enquanto nossa nação não tiver seus direitos respeitados, nosso caminho continuará o mesmo. Não haverá discussões", declarou na quinta-feira Keyvan Khosravi, porta-voz do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
Neste domingo, Zarif ressaltou que o Irã se defenderá nos planos econômico e militar.
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