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Sobe para 17 o número de mortos após passagem de ciclone pelo oeste da Índia

18/05/2021 17h59

Nova Délhi, 18 mai (EFE).- As autoridades da Índia aumentaram nesta terça-feira para 17 o número de mortos após a passagem do ciclone Tauktae, que tocou terra ontem no estado de Gujarat, na costa ocidental indiana, depois de ter afetado outras regiões e enfraquecido para a categoria de tempestade ciclônica.

"Em Gujarat até agora foram relatadas três mortes. Uma em Vapi, outra no distrito de Rajkot, onde uma criança morreu no desabamento de um barraco, e outra em Gariyadhar, onde morreu uma mulher de 80 anos", detalhou o ministro chefe da região, Vijay Rupani, em uma coletiva de imprensa.

As fortes chuvas e ventos que acompanharam o ciclone também derrubaram a energia em cerca de 2.500 aldeias e causaram danos extensos em cerca de 16.500 casas, além de terem derrubado 40.000 árvores, acrescentou Rupani.

Estas mortes e danos materiais somam-se às registradas ontem em outros estados ao longo da costa ocidental da Índia. No vizinho Maharashtra, pelo menos seis pessoas morreram e nove ficaram feridas, enquanto em Karnataka foram registradas pelo menos oito mortes.

A passagem do Tauktae forçou as autoridades de Gujarat a evacuar mais de 200.000 pessoas juntamente com cerca de 12.500 em Maharashtra, e a Marinha informou que resgatou 177 pessoas em barcos indianos no Mar Arábico por conta das condições meteorológicas adversas.

De acordo com os dados do Departamento de Meteorologia da Índia (IMD), o ciclone extremamente severo tocou terra à noite em Gujarat com ventos constantes de até 165 km/h, e rajadas que atingiram 185 km/h.

Hoje, o Tauktae continuou enfraquecendo após atravessar a costa e, segundo o último relatório do IMD, a velocidade do vento baixou para entre 75 km/h e 85 km/h, com rajadas de até 95 km/h.

O ciclone atingiu a Índia em um momento crítico devido à segunda onda da pandemia do coronavírus, forçando a suspensão dos programas de vacinação e pondo em risco os hospitais.

O país asiático atravessou a barreira de 25 milhões de infecções desde o início da pandemia nesta terça-feira, com um novo recorde de mais de 4.300 mortes nas últimas 24 horas.

A passagem de ciclones é comum na costa indiana, e um dos últimos, o Burevi, atingiu o sul do país em dezembro do ano passado, deixando pelo menos sete mortos e causando danos em centenas de casas.

Também em maio de 2020 o super ciclone Amphan deixou mais de cem mortos na Índia e em Bangladesh, em um dos piores incidentes deste tipo em anos.

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