Guatemala nega acordo com EUA para aumento de tropas nas fronteiras
Cidade da Guatemala, 13 Abr 2021 (AFP) - A Guatemala negou, nesta terça-feira (13), ter assinado um acordo com os Estados Unidos para proteger suas fronteiras e conter a migração ilegal, como apontaram autoridades de alto escalão de Washington, que também mencionaram México e Honduras.
"Em relação às declarações feitas recentemente pela porta-voz da Casa Branca, nas quais se afirma que a Guatemala chegou a um acordo com os Estados Unidos para a proteção de fronteiras, esclarecemos que não há documento assinado sobre o assunto", disse o governo de Alejandro Giammattei em um comunicado.
Na segunda-feira, o assistente especial para imigração do Conselho de Política Nacional da Casa Branca, Tyler Moran, disse que os três países concordaram em aumentar o patrulhamento nas áreas de fronteira.
"Chegamos a acordos para que eles coloquem mais tropas em sua própria fronteira. México, Honduras e Guatemala concordaram em fazer isso", afirmou à MSNBC.
As alegações foram apoiadas pela porta-voz de Biden, Jen Psaki, que em uma entrevista coletiva observou que o "compromisso" de aumentar os controles surgiu durante as recentes e "prolongadas" discussões bilaterais.
Segundo Psaki, o México decidiu manter 10.000 soldados em sua fronteira sul, o que "resultou no dobro das interdições diárias de migrantes", enquanto a Guatemala enviou 1.500 policiais e militares para sua fronteira com Honduras.
"Os 1.500 elementos das forças de segurança mencionados nas declarações [de Psaki] correspondem ao desdobramento específico que a Guatemala anunciou antes da chegada de fluxos massivos de pessoas com características de migrantes, em janeiro deste ano", precisou o comunicado.
Na segunda-feira, México e Tegucigalpa esclareceram que os dois países mantêm suas próprias ações de controle de imigração.
No caso do México, o governo afirmou que "manterá o desdobramento já existente das Forças Federais em sua área de fronteira", enquanto o chanceler hondurenho, Lisandro Rosales, acrescentou que "não há compromisso" com Washington de colocar militares pessoal nas fronteiras.
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