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SP: Com pressão sobre leitos, Região Metropolitana deve ser reclassificada

Paulo Menezes, médico que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus em SP - Reprodução
Paulo Menezes, médico que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus em SP Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/01/2021 09h28

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, Paulo Menezes, disse hoje que a Região Metropolitana do estado e o município de Sorocaba devem ser reclassificadas em breve no Plano São Paulo, de retomada econômica.

Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, Menezes disse que as autoridades observam uma pressão crescente sobre leitos nessas regiões, especialmente os de UTI.

"É possível, sim, que essas regiões — eu diria que até provável — que sejam reclassificadas brevemente, ao longo dessa semana", disse ele.

Questionado sobre em que momento a reclassificação será feita, o coordenador disse que é possível que seja no final desta semana. "Talvez na sexta-feira tenhamos uma nova reclassificação a depender desses indicadores que utilizamos no plano São Paulo", explicou.

Na última sexta-feira (15), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que oito regiões do estado iriam regredir de fase. As regiões de Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté passaram para a fase laranja, enquanto Marília entrou na fase vermelha, a mais restritiva do plano, na qual apenas atividades essenciais podem funcionar.

'Situação preocupante'

Menezes destacou que a pandemia segue forte no estado, com crescimento no número de casos e internações e classificou a situação como "preocupante".

O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou ontem que a última semana registrou os piores índices da pandemia do novo coronavírus desde março de 2020, quando surgiram os primeiros casos no estado.

Segundo a pasta, São Paulo registrou, na semana passada, o pico de média diária de novos diagnósticos de covid-19, com 11.300 novos casos. Esse número representa, em 45 dias, mais novos casos do que em cinco meses de 2020.

Em comparação com a última semana de 2020, ainda de acordo com dados do governo do estado, os casos de covid-19 aumentaram 77%; as mortes, 59%; e as internações, 28%. A ocupação de leitos de UTI atualmente é de 69,1% no estado e de 70,1% na capital.

Esses números preocupam as autoridades do governo paulista porque os novos casos, posteriormente, devem virar novas internações e, eventualmente, novas mortes pela doença.

Menezes pediu que a população fique em casa sempre que possível e se proteja para diminuir a transmissão do vírus.

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