Israel reabre piscinas e academias, e busca equilibrar contágios e economia
O debate entre os membros da comissão especial começou quando a maioria considerou o impacto econômico mais grave do que o número de infecções nestes espaços, que tem sido relativamente "baixo", informou o portal "Times of Israel".
A comissão mantém, no entanto, o fechamento de bares e limitações de capacidade em restaurantes a um máximo de 20 pessoas em espaços abertos e 30 em ambientes fechados.
A crise econômica começou a preocupar Israel tanto quanto a possibilidade de contágio, enquanto aumentam as críticas à gestão de Netanyahu, com indicadores piores nesta segunda onda do que na primeira.
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela rádio pública "Kan", 85% dos israelenses questionam a estratégia do governo e um terço afirma estar com problemas para cobrir as despesas mensais.
O índice de desemprego chegou a 20% - era de 4% em fevereiro, antes da pandemia - e cerca de 850 mil israelenses estão atualmente desempregados.
Israel, com cerca de nove milhões de habitantes, se apressou para tomar medidas de restrições e fechamento de fronteiras em março, e terminou o mês de maio, três meses após a chegada da Covid-19, com 17 mil infectados e 285 mortos.
Em junho, após a retirada gradual das restrições, os números começaram a aumentar para mais de 1.000 infecções por dia. Nesta segunda-feira, o governo confirmou mais de 1.200 casos positivos em menos de 24 horas. Ao todo, 364 pessoas já morreram por Covid-19 em Israel.
Muitos especialistas criticaram a rapidez da reabertura e a falta de um plano concreto para lidar com uma eventual segunda onda. Netanyahu reconheceu que o governo experimentou uma situação de "tentativa e erro" e que, tendo em conta os resultados, a reabertura foi "rápida demais".
O novo fechamento de algumas empresas tem sido um duro golpe para muitos trabalhadores autônomos, pequenos e médios empresários que viram a atividade cair drasticamente. Muitos manifestaram o descontentamento no último sábado, em um protesto em Tel Aviv, onde cerca de 10 mil pessoas exigiram mais apoio do governo.
No domingo, o governo aprovou um plano de ajuda econômica para os mais afetados e ampliou as ajudas aos desempregados, medidas que precisam ser aprovadas nesta segunda-feira no Parlamento.
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