Papa critica discursos populistas e diz ter 'medo' deles
"Me assusta quando ouço alguns discursos de alguns líderes das novas formas de populismo: me faz ouvir discursos que semearam medo e ódio na década de 1930 do século passado", alertou Francisco.
Em Bari, o Papa também confirmou que a aceitação e a integração de refugiados é um "processo difícil", mas lamentou a "indiferença e a rejeição" que são recebidos.
"Não aceitaremos jamais que pessoas que procuram por mar a esperança morram sem receber socorro, nem que alguém que chega de longe acabe vítima de exploração sexual, seja mal pago ou contratado pelas máfias", disse o Papa.
Jorge Mario Bergoglio ainda criticou as pessoas que promovem discursos que "levam a erguer as próprias defesas perante aquilo que, instrumentalmente, é descrito como uma invasão".
No encontro, que foi promovido pela Conferência Episcopal da Itália (CEI), Francisco também comentou sobre a intolerância religiosa e os focos de conflitos na região mediterrânica e no Oriente Médio.
Para o líder da Igreja Católica, as guerras, como o conflito entre israelenses e palestinos, correm perigo de ter "soluções desiguais e, portanto, precursores de novas crises". O Papa ainda falou sobre o "grave pecado da hiprocrisia" das nações que prometem paz nos cenários internacionais, mas depois vendem armas para outros países em guerra.
Outro tema comentado por Francisco foi as violações do direito da liberdade religiosa: " A perseguição de que são vítimas sobretudo, mas não só, as comunidades cristãs é uma ferida que dilacera o nosso coração e não nos pode deixar indiferentes".
"A guerra é verdadeiramente uma loucura, pois é louco destruir casas, pontes, fábricas, hospitais, matar pessoas e destruir recursos, em vez de construir relações humanas e econômicas", discursou Francisco.
Na cidade italiana, o Papa celebrou uma missa para cerca de 40 mil pessoas na Piazza Libertà. Antes de entrar no helicóptero para voltar ao Vaticano, Francisco ainda conversou com autoridades locais e policiais.(ANSA)
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