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China diz que não permitirá que questão de Hong Kong seja abordada no G-20

Athit Perawongmetha/Reuters
Imagem: Athit Perawongmetha/Reuters

Em Pequim

24/06/2019 09h44

O ministro assistente das Relações Exteriores da China, Zhang Jun, afirmou hoje que seu país "não permitirá" que o tema dos protestos em Hong Kong seja abordado na Cúpula do G-20, já que se trata de um "assunto interno" no qual "nenhum país nem indivíduo estrangeiro" deve intervir.

Em entrevista coletiva sobre a posição chinesa em relação à cúpula - que será realizada na sexta-feira e no sábado em Osaka, no Japão - Zhang negou que o presidente da China, Xi Jinping, e o dos Estados Unidos, Donald Trump, possam conversar sobre a situação na ex-colônia britânica durante a cúpula.

"O tema de Hong Kong não será tratado como um problema, não permitiremos esse cenário", disse o político chinês, que ressaltou que a cidade é "uma região autônoma da China" na qual "nenhum país estrangeiro tem direito de intervir".

Milhões de pessoas se manifestaram nas duas últimas semanas em Hong Kong contra um projeto de lei de extradição impulsionado pelo governo local que poderia permitir a entrega a vários países, entre eles a China, de suspeitos de crimes.

Os opositores ao projeto temem que a nova lei possa facilitar a extradição de ativistas, jornalistas e defensores dos direitos humanos para submetê-los à Justiça chinesa, que, segundo alegam, não oferece garantias suficientes.

Há oito dias, mais de um milhão de pessoas saíram às ruas de Hong Kong, na maior manifestação registrada na ilha, para pedir a retirada dessa iniciativa, que a chefe do governo local, Carrie Lam, deixou "suspensa" diante dos protestos populares.

As manifestações ainda continuam para que Lam retire definitivamente o projeto e na próxima quarta-feira, às vésperas do G-20, está marcado um novo protesto, além de outro programado para 1º de julho, data do aniversário da transferência da soberania britânica sobre Hong Kong à China, em 1997.

Os manifestantes de Hong Kong anunciaram sua intenção de aproveitar a coincidência com o G-20 para que seu protesto possa ter maior repercussão internacional.

Hong Kong suspende projeto de lei de extradição

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