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Alberto Fujimori recebe alta e deve ser levado novamente à prisão

23/01/2019 18h49

Lima, 23 jan (EFE).- O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, recebeu alta nesta quarta-feira e nas próximas horas deve voltar à prisão para continuar cumprindo a pena de 25 anos de prisão à qual foi condenado em 2009 por crimes contra a humanidade, informaram meios de comunicação locais.

A ata de alta médica, que aparece assinada na terça-feira, foi publicada pela emissora "RPP Notícias", e já foi aumentado o número de policiais ao redor da clínica privada de Lima na qual o ex-presidente esteve internado durante 112 dias.

O documento indica que Fujimori pode continuar um tratamento ambulatorial dos seus diagnósticos de fibrilação auricular paroxística, doença coronária crônica, hipertensão arterial, insuficiência venosa crônica, gastrite crônica, transtorno misto de ansiedade-depressão e sarcopenia.

Fujimori recebeu alta depois que uma junta médica, que avaliou na semana passada seu real estado de saúde por ordem da Corte Suprema de Justiça, determinou que "se encontra em condições estáveis, razão pela qual poderia receber tratamento de forma ambulatorial".

Após a confirmação da decisão médica, a expectativa é que Fujimori seja transferido ao presídio de Barbadillo, no distrito limenho de Ate, que segundo afirmou o Instituto Nacional Penitenciário (Inpe) conta com médico, enfermeiras, cama clínica e um veículo para transferências.

Nesse presídio, Fujimori, de 80 anos, esteve recluso entre 2007 e 2017 para cumprir as sentenças por corrupção e como autor mediato (com domínio do fato) de dois massacres cometidos pelo grupo militar encoberto Colina e dos sequestros de um jornalista e um empresário.

O ex-presidente (1990-2000) esteve internado na clínica desde o final de outubro do ano passado, quando um juiz revogou o indulto que lhe foi outorgado em 24 de dezembro de 2017 pelo ex-mandatário Pedro Pablo Kuczynski e ordenou que siga cumprindo sua pena.

Fujimori permaneceu na clínica em meio a suspeitas de que sua prolongada internação é uma estratégia para evitar a ordem judicial, enquanto espera que se resolva uma apelação que apresentou contra a anulação do seu indulto. EFE

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