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ONU afirma que mundo não está perto de cumprir Objetivos de Desenvolvimento

16/01/2019 16h46

Genebra, 16 jan (EFE).- O mundo não está em um bom caminho para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aceitos pela comunidade de países na ONU e que têm como prazo o ano de 2030, disse nesta quarta-feira a responsável de direitos humanos da organização, Michelle Bachelet.

Em reunião do Conselho de Direitos Humanos, Bachelet pediu aos países que deem um senso de urgência a este assunto e lembrou que os direitos básicos - refletidos no acesso à água, à educação ou a uma casa, entre outros - "não são bens que podem ser vendidos, mas direitos" para o conjunto de cidadãos do mundo.

Bachelet advertiu que vários países estão muito longe de alcançar todos ou uma parte considerável dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentado (ODS) e, como prova disso, mencionou que a proporção de pessoas no mundo que sofrem com a falta de alimentos não para de aumentar.

A ex-presidente do Chile também enumerou uma série de situações relacionadas com conflitos ou com os efeitos da mudança climática que obrigam dezenas de milhares de pessoas a fugir dos lugares onde vivem e se transformar em deslocados internos ou refugiados em outros países.

Bachelet declarou ainda que para fazer a parte do trabalho que corresponde ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (entidade que dirige desde setembro do ano passado) é necessário que os Estados-membros da ONU aumentem seu apoio financeiro em 2019.

"Só assim poderá ser realizado o programa de trabalho mais ambicioso jamais elaborado pelo meu escritório", descreveu Bachelet, detalhando que são necessários US$ 321 milhões para esse fim, frente a receitas de US$ 185 milhões em 2018.

Este importe, no entanto, foi 28% superior ao ano anterior, mas longe dos US$ 278 milhões que tinham sido solicitados.

O organismo se financia com uma parte do orçamento da ONU, mas sobretudo através de contribuições voluntárias, em particular de Estados, o que lhe permite manter uma força de trabalho de 1.300 empregados presentes em 72 lugares do mundo, incluindo sua sede de Genebra. EFE

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