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MP da Itália denuncia 4 por fraude em prova de Suárez

21/06/2021 08h18

PERUGIA, 21 JUN (ANSA) - O Ministério Público da Itália denunciou nesta segunda-feira (21) quatro pessoas no inquérito sobre uma suposta fraude no exame de idioma feito pelo atacante uruguaio Luis Suárez em setembro do ano passado.   


Os denunciados são a ex-reitora da Universidade dos Estrangeiros de Perúgia Giuliana Grego Bolli, o ex-diretor-geral Simone Olivieri, a professora Stefania Spina e a advogada da Juventus Maria Cesarina Turco. Eles são acusados de falsidade ideológica e revelação de segredo oficial.   


A audiência preliminar no Tribunal de Perúgia foi marcada para 28 de setembro, quando um juiz decidirá se aceita a denúncia.   


Suárez fez um exame de italiano na Universidade para Estrangeiros de Perúgia, um dos principais centros de ensino do idioma no país, em 17 de setembro, quando tentava se transferir para a Juventus.   


Na época, o MP e a Guarda de Finanças investigavam supostas irregularidades em processos de cidadania envolvendo a instituição e acabaram gravando conversas telefônicas que indicavam uma possível fraude no exame do atacante.   


Segundo o Ministério Público, o conteúdo da prova foi "previamente comunicado" ao uruguaio pela universidade, que chegou a "pré-determinar o resultado e a pontuação do exame para corresponder aos pedidos que haviam sido feitos pela Juventus".   


Suárez, que é casado com uma cidadã italiana, poderia obter a nacionalidade caso comprovasse conhecimento ao menos intermediário (nível B1) do idioma. Essa etapa era crucial para garantir sua transferência para a Juve, que não podia mais contratar extracomunitários naquela temporada.   


Como não haveria tempo de concluir o processo de cidadania antes do fechamento da janela de transferências, o clube acabou desistindo de Suárez, que seria contratado pelo Atlético de Madrid.   


Em função do caso, Grego Bolli renunciou ao cargo de reitora da universidade em dezembro passado, enquanto Olivieri e Spina estão proibidos preventivamente de exercer cargos públicos.   


Em um depoimento à Justiça italiana, o próprio Suárez admitiu ter recebido de Spina um arquivo com o conteúdo da prova, mas ela nega e afirma ter enviado apenas um material usado em aula.   


(ANSA).   


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