Topo
Notícias

MPF tenta levar 3ª acusado de matar Dom e Bruno a júri popular

do UOL

Juliana Alves

Colaboração para o UOL, de São Paulo

31/01/2025 18h34

O MPF (Ministério Público Federal) tenta levar a júri popular o terceiro acusado de matar o indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A Justiça já determinou que os outros dois passem pelo júri.

O que aconteceu

MPF recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). O órgão pretende reverter uma decisão do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) e levar o réu Oseney da Costa de Oliveira a júri popular pelos dois assassinatos.

Em setembro, o TRF1 manteve a decisão de levar Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima a júri popular acusados pelo crime. Mas considerou não haver provas suficientes para levar Oseney a julgamento. MPF alega que há provas que justificam o júri.

Amarildo e Jefferson estão presos e serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Já Oseney aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.

Caso Bruno e Dom

O indigenista Bruno Pereira e jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados em 5 de junho de 2022. Eles faziam uma viagem pela Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. À época, Dom trabalhava em um livro sobre a preservação da Floresta Amazônica e estava sendo acompanhado por Bruno, que havia agendado encontros e entrevistas com lideranças locais.

Em julho de 2022, Amarildo e Jefferson confessaram o crime. A dupla deu detalhes do assassinato em depoimento à polícia e à Justiça, o que foi confirmado por testemunhas e pelas provas presentes nos autos.

Já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena, segundo o MPF. O que teria motivado os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados. Os avanço das investigações também mostraram que a atuação de Bruno na região era vista como um obstáculo para a atividade de caça e pesca ilegais executadas por Amarildo, cujos crimes ambientais eram cometidos no interior do Vale do Javari.

Notícias