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O que é o 'aquecimento adiabático', que fez Sudeste mergulhar no calorão

Sudeste liderou temperaturas mais altas do Brasil na segunda - WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Sudeste liderou temperaturas mais altas do Brasil na segunda Imagem: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/01/2025 12h55

O Sudeste do Brasil registrou oito das 10 maiores temperaturas do Brasil na segunda-feira (20). O Rio de Janeiro e o Espírito Santo comandam o topo da lista, com 38,9°C em Niterói, 38,6°C na capixaba Alegre, e 38,4°C nas fluminenses Cambuci e Silva Jardim.

Mas o que explica o calorão na região?

A atual onda de calor é uma combinação de três fatores, segundo a Climatempo. Em primeiro lugar, a diminuição da nebulosidade. Isso porque, com menos nuvens no céu, o sol brilha mais forte por mais horas. Em segundo, a ausência de ventos frios de origem polar.

Mas o menos famoso entre os fatores —e que causou elevação das temperaturas maior do que a dos outros dias— é o aquecimento adiabático. Um fenômeno que não é incomum no Sudeste, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, na região da Serra do Mar, segundo a Climatempo.

O que é aquecimento adiabático?

O aquecimento adiabático acontece quando o vento empurra o ar quente do planalto para o mar. Ou seja, é um processo associado à presença de montanhas.

O ar "forçado" a descer para o litoral aquece mais ou menos 1°C a cada 100 metros. Por exemplo, no caso de São Paulo e da Baixada Santista: a capital está quase 800 metros acima da região litorânea. Se os termômetros na cidade marcassem 30°C, com o aquecimento adiabático, Santos beiraria 38°C.

Nesse caso, o ar desce a Serra do Mar impulsionado por um vento que vem de noroeste, explica a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo.

O calor intenso deve persistir nos próximos dias. Estados do Sudeste devem ter apenas algumas pancadas de chuva, mas sem queda de temperatura, já que não há previsão de grandes massas de ar polar.

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