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Gabinete israelense vota a aprovação do acordo de cessar-fogo em Gaza

Manifestantes erguem cartazes de reféns em Gaza em ato em frente ao Ministério da Defesa de Israel - Jack Guez/AFP
Manifestantes erguem cartazes de reféns em Gaza em ato em frente ao Ministério da Defesa de Israel Imagem: Jack Guez/AFP
do UOL

Do UOL

17/01/2025 09h32

Os ministros do governo de Israel estão votando hoje o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza negociado com o Hamas e fechado na quarta-feira, no Catar. A expectativa é que a medida seja aprovada e seja colocada em prática a partir da zero hora deste domingo (19h de sábado, no horário de Brasília).

Na primeira fase estão previstos o fim das hostilidades, a troca de 33 reféns em posse do Hamas por cerca de mil palestinos prisioneiros de Israel, a entrada de ajuda humanitária no território e a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas.

A apreciação do acordo pelo governo israelense deveria ter acontecido ontem, mas foi suspensa após Benjamin Netanyahu alegar que o Hamas havia feito novas exigências. Netanyahu não disse que exigências seriam essas, e o grupo palestino negou.

Desde o anúncio do acordo, Israel já admitiu ter realizado mais de 50 ataques na Faixa de Gaza, e o Ministério da Saúde local diz que 113 palestinos foram mortos.

China cresce 5% em 2024

O governo da China anunciou hoje que o PIB do país cresceu 5% em 2024, dentro da meta de "aproximadamente 5%" divulgada no começo do ano.

O resultado foi atingido graças a uma aceleração da economia no quarto trimestre, com alta de 5,4%, atribuída pelo Escritório Nacional de Estatísticas a um pacote de medidas de estímulo colocado em prática pelo governo.

O diretor do escritório, Kang Yi, porém, alertou que, apesar do avanço, é preciso "estar ciente de que os efeitos adversos trazidos pelo ambiente externo estão aumentando, o consumo interno é insuficiente e a economia ainda enfrenta desafios".

A China também anunciou que a população do país caiu pelo terceiro ano consecutivo, apesar do número de nascimentos ter crescido pela primeira vez em oito anos.

TikTok tem última chance nos EUA

A Suprema Corte dos EUA indicou que deve se manifestar ainda hoje sobre a constitucionalidade da lei que bane o TikTok do país, caso o app não seja vendido pela chinesa ByteDance a uma empresa americana.

A expectativa é que o tribunal não aceite os argumentos dos advogados da TikTok, o que pode levar ao banimento do aplicativo já neste final de semana.

A proibição do TikTok afetaria 170 milhões de usuários nos EUA e acrescenta mais um ponto de atrito na já desgastada relação entre os EUA e a China.

O CEO da ByteDance, Shou Chew, foi convidado e deve comparecer à posse de Donald Trump, na segunda. Trump avalia a possibilidade de derrubar a proibição por meio de um decreto, mas há dúvidas sobre a legalidade do uso do instrumento nesse caso.

Morre o cineasta David Lynch

O cineasta americano David Lynch, diretor da série de TV 'Twin Peaks' e do filme 'Blue Velvet', morreu aos 78 anos. A informação foi publicada ontem pela família nas redes sociais.

A causa da morte não foi divulgada. Fumante desde os oito anos de idade, Lynch tinha sua capacidade de locomoção prejudicada por um enfisema diagnosticado em 2020.

Lynch estreou no cinema com o longa-metragem 'Eraserhead', em 1977. Três anos depois, foi indicado ao Oscar pelo filme 'O Homem Elefante', com John Hurt, Anthony Hopkins e Anne Bancroft.

Em 1990, revolucionou as séries de TV com 'Twin Peaks', criada em parceria com Mark Frost para a rede americana ABC. A primeira temporada recebeu 14 indicações ao Emmy.

Outras de suas obras notáveis são "Estrada Perdida" (1997), "Mulholland Drive" (2000) e "Cidade dos Sonhos" (2001).

'Avanço' do autoritarismo na América Latina

O autoritarismo e o enfraquecimento da democracia na América Latina "avançaram de forma galopante" em 2024, segundo a diretora regional da HumanRights Watch para a região, Juanita Goebertus. O comentário foi feito por ocasião do lançamento do relatório anual da entidade sobre a situação do respeito aos direitos humanos no mundo.

O documento classifica Venezuela, Cuba e Nicarágua como "três ditaduras absolutamente consolidadas" e chama atenção para o Haiti, tomado por gangues criminosas e marcado pela "ausência absoluta de um Estado".

Sobre o Brasil, o relatório considera como fatos positivos a queda no desmatamento da Amazônia e a aprovação de leis para a proteção dos direitos digitais na infância. Por outro lado, a HRW nota que, até setembro, a polícia matou 4.565 pessoas, 80% das quais negras.

A entidade também considera que a volta de Donald Trump à Casa Branca "ameaça, por ação ou omissão, os direitos humanos não apenas dentro dos EUA, como também no exterior".

'Loucura neonazista' de Zuckerberg

O advogado da Meta, Mark Lemley abandonou a causa em que representava a empresa devido ao que chamou de "masculinidade tóxica" e "loucura neonazista" do CEO Mark Zuckerberg.

Professor de direito na Universidade de Stanford, Lemley disse, no entanto, que espera que a Meta vença o processo. "Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais da IA, não posso mais, em sã consciência, atuar como seu advogado."

Na semana passada, Zuckerberg anunciou que a Meta suspenderá a checagem de fake news e discurso de ódio nas redes Facebook e Instagram - uma medida vista como um movimento para agradar ao presidente eleito Donald Trump.

Em participação no podcast de Joe Rogan, Zuckerberg também afirmou que a cultura corporativa precisava de mais "energia masculina".

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