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Bolsonaristas fazem caravana para a posse de Trump

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputados e senadores na Flórida (EUA) - Reprodução
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputados e senadores na Flórida (EUA) Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em Brasília

16/01/2025 12h18Atualizada em 16/01/2025 13h49

Um grupo de pelo menos 16 parlamentares vai participar da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima segunda-feira (20), em Washington, D.C.

O que aconteceu

Parlamentares vão viajar com recursos próprios. A Secretaria de Relações Internacionais da Câmara informou ao UOL que nenhum parlamentar solicitou uma missão especial, ou seja, que a Casa pagasse os custos da viagem para os EUA. No Senado, a assessoria de imprensa informou que também não houve pedidos dos senadores para essa finalidade. Posteriormente, deputados e senadores podem pedir reembolso da viagem e descontar da cota parlamentar.

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Como o evento acontece no período do recesso parlamentar, não é necessário pedir autorização para se ausentar do país e, com isso, evitar desconto no salário. Apesar disso, oito deputados comunicaram à Secretaria de Relações Internacionais que estarão fora do país por conta da posse de Trump.

Confira os parlamentares que devem acompanhar o evento:

Deputados

  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP);
  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
  • Bia Kicis (PL-DF);
  • Gustavo Gayer (PL-GO);
  • Capitão Alden (PL-BA);
  • Giovani Cherini (PL-RS);
  • Coronel Fernanda (PL-MT);
  • Cabo Gilberto Silva (PL-PB);
  • Silvia Waiãpi (PL-AP);
  • Sargento Gonçalves (PL-RN);
  • Mario Frias (PL-SP);
  • Maurício Marcon (Podemos-RS);
  • Messias Donato (Republicanos- ES);
  • Coronel Ulysses (União Brasil-SC);

Senadores

  • Eduardo Girão (Novo-CE);
  • Jorge Seif (PL-SC).

Eduardo Bolsonaro organizou a comitiva de deputados e senadores. Deputados ouvidos pelo UOL afirmaram que a caravana para a acompanhar a posse de Trump foi organizada pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Alguns parlamentares já estão nos EUA, outros devem chegar no final de semana.

Na agenda organizada por Eduardo, além dos eventos oficiais, existem outras atividades, como um curso de política americana para parlamentares brasileiros. A aula foi ministrada por Paulo Figueiredo, que foi indiciado pela PF por suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Posse de Trump terá quatro dias de evento. A T47 Inaugural é a entidade privada feita para organizar os eventos do dia da posse de Trump. A criação de um comitê, ligado ao presidente que vai assumir, para cuidar do cerimonial é uma prática comum. As solenidades para o retorno de Trump à Casa Branca começam no sábado (18) e se estendem até terça-feira (21), com comícios, jantares, desfile presidencial, entre outros.

Bolsonaro não vai. Moraes negou o pedido após parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República). Paulo Gonet indicou que não há "interesse público" que justifique a devolução do passaporte do ex-presidente para ele ir à posse de Trump. O documento foi retido em fevereiro de 2024 pela Polícia Federal durante a operação que investiga a existência de uma organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito depois das eleições de 2022.

Defesa diz que Bolsonaro recebeu um convite no último dia 8. Apesar de o ex-presidente ter sido indiciado por golpe de Estado, os advogados do ex-presidente afirmaram, no pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o convite representa o reconhecimento da "defesa de valores democráticos e republicanos que unem as duas nações".

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