Topo
Notícias

Autoridades tentam pela 2ª vez prender presidente afastado da Coreia do Sul

Membros do Serviço de Segurança Presidencial caminham na entrada da residência oficial do presidente Yoon Suk Yeol - Kim Hong-Ji/REUTERS
Membros do Serviço de Segurança Presidencial caminham na entrada da residência oficial do presidente Yoon Suk Yeol Imagem: Kim Hong-Ji/REUTERS
do UOL

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte e de São Paulo*

14/01/2025 17h33Atualizada em 14/01/2025 22h42

Autoridades da Coreia do Sul estão na casa do presidente Yoon Suk-Yeol para prendê-lo pelo crime de insurreição após tentativa fracassada de impor a lei marcial no país. Tentativa acontece desde a madrugada de quarta-feira (15), no horário local, e tarde de terça-feira (14) no Brasil.

O que aconteceu

Equipe de segurança de Yoon Suk-Yeol permitiu entrada da polícia e de oficiais anti-corrupção em residência presidencial. Há algumas horas, as autoridades estão em negociação com os assessores do presidente para que ele se entregue. Mais de três mil policiais foram mobilizados para garantir a prisão do presidente. As informações são da agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Investigadores usaram escadas para entrar em residência presidencial. Membros da segurança de Yoon usaram veículos para criar barricadas em torno do edifício. Mais tarde, advogados e membros do partido de Yoon tentaram bloquear o acesso das autoridades à residência presidencial.

"Queremos executar mandado de prisão", disse oficial a repórteres. "Ao contrário da primeira tentativa, não havia pessoal ou equipe do Serviço de Segurança Presidencial resistindo ativamente à execução do mandado. Não houve praticamente nenhum confronto físico hoje".

Manifestantes favoráveis e contrários a presidente se reuniram em torno de residência presidencial. Cerca de 8,7 mil favoráveis a Yoon se reuniram perto da residência oficial, dizendo que "estão com o presidente" e que a prisão é ilegal. Enquanto isso, pouco mais de 200 opositores se juntaram, aplaudiram a polícia e pediram para os apoiadores do presidente que não interfiram na execução do mandado de prisão.

O vice-diretor da Agência de Segurança Nacional, Kim Seong-hoon, também foi preso, segundo o jornal sul-coreano Chosun. Ele é acusado de não atender a pedidos da polícia para colaborar nas investigações contra o presidente.

Imagens mostraram veículos de autoridades na frente da casa de Yoon Suk-Yeol. Ele está escondido na residência desde dezembro, usando sua equipe de segurança para resistir à prisão e a mandados de busca e apreensão.

Ônibus estacionados próximos à residência oficial da presidência protegem o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol de ser preso - Kim Hong-Ji/REUTERS - Kim Hong-Ji/REUTERS
Ônibus estacionados próximos à residência oficial da presidência protegem o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol de ser preso
Imagem: Kim Hong-Ji/REUTERS

Esta é a segunda tentativa de prender o presidente afastado. No dia 3 de janeiro, autoridades estiveram na residência oficial para cumprir um mandado de prisão contra Yoon Suk Yeol, mas guardas presidenciais e as tropas militares da Coreia do Sul impediram a detenção.

Tentativa de impor lei marcial e processo de impeachment

Yoon está sendo investigado criminalmente por insurreição devido a sua tentativa fracassada de impor a lei marcial em 3 de dezembro. A decisão surpreendeu a Coreia do Sul e provocou o primeiro mandado de prisão para um presidente em exercício. Em 14 de dezembro, a Assembleia Nacional suspendeu Yoon da presidência.

Político também enfrenta um julgamento de impeachment que começaria a ser julgado hoje na corte sul-coreana. O presidente afastado, no entanto, tem resistido a contribuir com as investigações e não compareceu ao tribunal nesta terça, o que fez o início dos trabalhos serem adiados. Seus advogados alegaram "preocupações com a segurança e possíveis incidentes".

Processo deve durar até meados de junho. Medida pode resultar na saída definitiva do líder ou na devolução de seus poderes.

(Com Reuters e RFI)

Notícias