Qual é a fortuna de Bashar al-Assad?
![Relatório apontou que o patrimônio líquido da família do presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad, deve estar entre entre 1 e 2 bilhões de dólares - Pool BENAINOUS/HOUNSFIELD/Gamma-Rapho via Getty Images](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/9c/2021/05/26/o-presidente-da-siria-bashar-al-assad-afirmou-que-as-criticas-ocidentais-as-eleicoes-presidenciais-em-seu-pais-nao-tem-nenhum-valor-1622024882553_v2_900x506.jpg)
A família do presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad possui uma fortuna estimada entre 1 e 2 bilhões de dólares (de 6 a 12 bilhões de reais, em conversão aproximada), de acordo com relatório do Departamento de Estado dos EUA.
O que se sabe
Relatório aponta que os ativos da família estão espalhados e escondidos. Acredita-se que eles se utilizam de offshores abertas em paraísos fiscais, além de imóveis, corporações, e ativos registrados em nomes falsos ou de laranjas.
A família também usaria empresas de fachada e estruturas corporativas fictícias para acessar os recursos financeiros. Essas seriam usadas para lavar dinheiro obtido de atividades ilícitas, como contrabando, comércio de armas, tráfico de drogas, esquemas de proteção e extorsão.
Bashar al-Assad possui ativos como carros de luxo, imóveis de alto padrão, além de negócios e investimentos espalhados pelo Oriente Médio e pelo mundo. Acredita-se, por exemplo, que ele possua uma propriedade avaliada em 6 milhões de libras (aproximadamente 7,6 milhões de dólares ou 46,5 milhões de reais), em Londres.
No domingo (8), pouco depois de sua fuga, a residência de Bashar al-Assad em Damasco foi invadida e saqueada. Sírios levaram artigos de luxo, incluindo louças e edredons. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram homens e mulheres abrindo malas e carregando sacolas da marca Louis Vuitton.
Carros de luxo também foram flagrados na residência. Ferrari F50, Ferrari F430, Lamborghini LM002 e Lamborghini Diablo SV foram alguns dos modelos vistos nas imagens.
Tomada de Damasco e deposição de Assad
A ofensiva na Síria foi lançada pelos insurgentes em 27 de novembro. Eles assumiram rapidamente o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, localizada no noroeste, e de Hama, no centro. Os radicais tomaram do governo o controle da província de Daraa, no sul.
Rebeldes sírios anunciaram na manhã de domingo (noite de sábado no Brasil) que obtiveram o controle total sobre Homs, a terceira maior cidade do país e localizada ao norte de Damasco. Ao mesmo tempo, eles avançaram pelo território.
A ação teria ocorrido depois que as forças de segurança deixaram Homs às pressas após queimar documentos, informou a Reuters. Prisioneiros foram soltos da penitenciária central de Homs. Na ocasião, o governo negou a tomada da cidade.
Um porta-voz de operações militares dos rebeldes sírios disse que, após Homs, eles seguiriam para Damasco. "Haverá uma nova Síria baseada na justiça. Não estamos enfrentando um exército de verdade, mas sim uma milícia", disse à Al Jazeera.
Por volta das 23h (de sábado, horário de Brasília; já domingo na Síria), as forças insurgentes anunciaram que entraram na capital. A ação teria ocorrido sem nenhum sinal de mobilização do exército. Ainda no sábado, eles disseram estar a 20 km de Damasco, mas o governo sírio havia dito que as suas forças de segurança estabeleceram um cordão "muito forte" ao redor da capital, chamando os relatos de campanha de desinformação.
Horas após a invasão, os rebeldes anunciaram a deposição do governo de Assad na Síria após 24 anos. Eles e apoiadores comemoraram e destruíram imagens e estátuas do presidente.
Bashar al-Assad fugiu do país de avião cargueiro na madrugada de domingo antes da chegada das forças opositoras. Aliada de Assad, a Rússia deu asilo ao ditador deposto.