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Sou da Paz: Tarcísio muda discurso, mas mantém secretário pró-letalidade

do UOL

Colaboração para o UOL

07/12/2024 12h17

Sem trocar o comando da Secretaria da Segurança Pública, a mudança no discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é "politicamente oportuna", afirmou o coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha, no UOL News deste sábado (7).

Tarcísio reconheceu durante evento nesta sexta-feira (6) que o discurso dele influencia o comportamento dos agentes da Polícia Militar, envolvidos em uma série de violações nas últimas semanas. Na quinta-feira (5), o governador já havia dito que "tinha uma visão equivocada" sobre o uso de câmeras corporais por PMs em São Paulo.

Me parece politicamente oportuno para o governador falar que se arrepende, que volta atrás, mas manter o secretário que tem como plataforma política a letalidade policial.

Guilherme Derrite se elege como deputado em cima da letalidade policial, com o discurso da letalidade policial.

Me parece muito estranho o governador falar que se arrepende, que vai voltar atrás, que os erros foram cometidos, mas manter esse ator que, basicamente, tem como proposta a maior letalidade policial, uma polícia que atue sem controle.
Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz

Para Rafael, não há como levar a sério a fala de Tarcísio enquanto ele mantém um secretário com "foco na ostensividade violenta com falta de controle da polícia militar".

Enquanto Derrite for secretário, não é possível levar a sério esses comentários, essas afirmações do governador. Parece muito mais você colocar panos quentes num momento de crise política, no momento em que a opinião pública está transtornada com esse monte de violências.
Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz

Rafael destaca que Derrite já alegou que foi tirado da Rota por "matar ladrão demais" e, com isso, a mudança de tom do governador ficou "estranha".

Os movimentos sociais, a sociedade civil, a própria Ouvidoria das polícias e institutos de pesquisa se mobilizaram contra essa mudança da metodologia das câmeras de São Paulo. Hoje, em São Paulo, a gente tem as mesmas 10.125 câmeras que vieram da gestão anterior. Não foi implementada nenhuma unidade de câmera.
Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz

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