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Polícia Federal indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Boulos

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (8) Pablo Marçal (PRTB) por divulgar um documento falso — ele publicou um laudo médico falso contra Guilherme Boulos (PSOL) às vésperas do primeiro turno.

O que aconteceu

Marçal prestou depoimento de cerca de três horas na PF em São Paulo. Ele chegou ao prédio da Superintendência Regional por volta das 11h20. Ele foi indiciado com base no artigo 304 do Código Penal, que trata da produção de documentos falsificados ou alterados.

A PF concluiu que o laudo divulgado por Marçal é falso — a Polícia Civil também já havia chegado a essa conclusão. A imagem divulgada pelo ex-coach tentava associar Boulos ao uso de drogas.

Marçal publicou o laudo médico falso às vésperas das eleições. O documento, que tentava associar Boulos ao uso de drogas, foi divulgado no perfil de Instagram do influenciador na noite da última sexta (4).

Defesa de Marçal fala em "indiciamento recorde" e que julgamento para quem é de direita "sempre é mais rápido". "Indiciamento recorde mostra que seremos declarados inocentes em tempo ainda menor, sigo acreditando na justiça, no Brasil e principalmente no povo!", afirmou, em nota, Tássio Renam, advogado do empresário (leia mais abaixo).

O candidato do PRTB disse, em diferentes ocasiões, que não sabia que se tratava de um laudo falso. "Vocês podem falar com o Tássio Renam [advogado]. Ele que postou, na hora da postagem eu estava no (podcast) Inteligência Limitada. Ele mesmo postou. E a gente está 100% em paz", afirmou a jornalistas após votar no domingo.

O que é indiciamento: uma pessoa investigada passa à condição de indiciada, por exemplo, quando o inquérito policial aponta indícios de que ela cometeu determinado crime. "O indiciamento ocorre quando a autoridade policial entende que há indícios suficientes de um determinado crime. Diante disso, o procurador pode ofertar denúncia ou requerer novas diligências. Também pode pedir arquivamento", explica o criminalista Welington Arruda.

A Justiça Eleitoral também investiga o caso. No domingo do primeiro turno, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do TRE-SP, disse que se Marçal for condenado pode ter os direitos políticos suspensos, o que o deixaria inelegível.

Boulos diz que espera que a Justiça atue "com firmeza". Por meio de nota, deputado federal disse que o indiciamento representa um "primeiro passo no combate às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano".

O indiciamento de Pablo Marçal pela PF é só um primeiro passo no combate às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano na cidade de São Paulo. Esperamos que a Justiça atue com firmeza contra este e todas as inúmeras mentiras disseminadas ao longo do pleito - incluindo o uso criminoso da máquina pública por Ricardo Nunes e o crime eleitoral cometido pelo governador Tarcísio de Freitas em plena votação do 2º turno da eleição. Nota de Guilherme Boulos (PSOL-SP) sobre indiciamento de Marçal

Julgamento moral para quem é de direita sempre é mais rápido, nunca existiu uma resposta tão rápida para uma investigação como essa, o fato foi dia 04/10 e o indiciamento aconteceu apenas 34 dias depois, indiciamento recorde mostra que seremos declarados inocentes em tempo ainda menor, sigo acreditando na justiça, no Brasil e principalmente no povo!
Nota da defesa de Marçal sobre indiciamento

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