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Prefeitura de Porto Alegre diz que irá contratar segurança para 140 abrigos

Voluntários tentam ajudar moradores desalojados na zona norte de Porto Alegre - MATHEUS PICCINI/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Voluntários tentam ajudar moradores desalojados na zona norte de Porto Alegre Imagem: MATHEUS PICCINI/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/05/2024 17h52

A Prefeitura de Porto Alegre anunciou nesta quinta-feira (9) a contratação de segurança privada para todos os 140 abrigos que estão recebendo famílias afetadas pela chuva na cidade.

O que aconteceu

Anúncio foi feito por Leticia Batistella, responsável por coordenar os abrigos, em entrevista coletiva. Ela afirmou que a prefeitura identificou a necessidade de realizar o reforço da segurança em alojamentos que fazem o atendimento a pessoas vítimas das cheias na capital gaúcha.

Segurança nos centros de apoio não será de 24 horas. O esquema montado pela prefeitura funcionará entre 19 h e 7 h. A prefeitura, no entanto, diz que está trabalhando para expandir para o dia inteiro.

Identificamos a necessidade de mais segurança nos abrigos. As pessoas desabrigadas, desalojadas, tinham a sensação de insegurança. Nós conseguimos, em tempo recorde, a contratação de segurança a partir das 19h até às 7h, e estamos trabalhando para expandir para as 24h. É uma medida urgente. Precisamos de reforço para que as pessoas continuassem em segurança. Leticia Batistella, em entrevista coletiva

A prefeitura também anunciou a parceria com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público para a criação de abrigo só para crianças ou mulheres. Há 15.940 vagas disponíveis para vítimas das chuvas nos 140 alojamentos, das quais 13.144 já foram preenchidas.

Movimento da prefeitura ocorreu após registros de violência. Quatro homens foram presos suspeitos de cometer abusos sexuais dentro de abrigos na região metropolitana de Porto Alegre destinados às vítimas das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. As detenções em diferentes alojamentos.

Vítimas são todas menores de 18 anos e familiares dos suspeitos. Segundo o secretário da Segurança Pública do estado, Sandro Caron de Moraes, as verificações dos casos indicaram que todas as vítimas já sofriam abusos sexuais no ambiente doméstico e as ações criminosas foram reiteradas dentro dos abrigos.

A Brigada Militar e a Polícia Civil informaram na quarta-feira (8) que o policiamento havia sido reforçado nos abrigos da capital e da Grande Porto Alegre. A Polícia Civil disse que realiza rondas 24 horas e compartilha informações com os desabrigados e voluntários.

Onda de violência no estado

Ao todo, 47 pessoas já foram presas no Rio Grande do Sul, suspeitas de cometerem crimes em meio a calamidade pública provocada pelas consequências das fortes chuvas que atingem o estado desde o dia 26.

Segundo a secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, 41 pessoas foram detidas em flagrante pela suposta participação em saques, e seis homens são suspeitos de cometer abusos sexuais —quatro deles que teriam sido cometidos dentro de abrigos.

Diante do grande número de desabrigados, o governo estadual estuda abrir abrigos exclusivos para mulheres, crianças e jovens, disse o governador.

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