Irmão de líder de cartel mexicano é libertado por falta de provas
Um irmão do líder do poderoso cartel Jalisco Nova Geração (CJNG) foi libertado na madrugada desta terça-feira (30), depois de um juiz ter rejeitado provas que indicavam sua participação em atividades ligadas ao tráfico de drogas.
Abraham Oseguera Cervantes, apelidado "Don Rodo" e de 70 anos, havia sido preso por militares e membros da Guarda Nacional no dia 21 de abril.
"Ele foi libertado nos termos ordenados pelo juiz", declarou a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez, na coletiva de imprensa presidencial.
Abraham é irmão de Nemesio Oseguera, conhecido como "El Mencho", líder do CJNG e um dos homens mais procurados do México.
No momento de sua captura, Don Rodo era visto como "um dos principais coordenadores das operações logísticas e financeiras do cartel, dedicado à lavagem de dinheiro e responsável pelo tráfico e venda de drogas".
Segundo as autoridades, quando foi detido, portava uma arma e drogas, mas esta e outras provas foram rejeitadas pelo juiz, que ordenou sua libertação na madrugada de domingo (28).
Rodríguez destacou que esta é "um assunto de Estado" e por isso o governo optou por mantê-lo preso por mais quase 48 horas, o que reuniu possíveis elementos de outros crimes.
"O juiz não levou em conta as provas apresentadas pelo Ministério Público, não as avaliou adequadamente", lamentou a secretária de Segurança, acusando a defesa de ter apresentado vídeos provavelmente editados para obter a libertação de Abraham.
O governo chegou a solicitar informações aos Estados Unidos sobre possíveis processos criminais contra ele nos tribunais americanos, mas nenhuma acusação foi confirmada.
O CJNG surgiu no estado de Jalisco, e domina grandes áreas do Pacífico, além de disputar rotas de tráfico de drogas para os Estados Unidos com outro poderoso cartel, o de Sinaloa.
Nos últimos anos, este estado foi abalado pela violência ligada ao crime organizado.
O México registra mais de 420 mil mortes violentas desde 2006, quando o governo lançou uma vasta ofensiva contra o narcotráfico com participação de efetivos militares. A maioria dos óbitos foi atribuída a organizações criminosas.
sem/llu/yr/aa
© Agence France-Presse
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