Blinken pede tratamento justo para empresas dos EUA em visita à China
Por Simon Lewis
XANGAI (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta quinta-feira que a China ofereça condições equitativas para as empresas norte-americanas, à medida que inicia uma visita ao país asiático com o objetivo de resolver uma série de questões contenciosas que podem comprometer o relacionamento entre Pequim e Washington.
A viagem de Blinken é o mais recente contato de alto nível entre os dois países que, junto de grupos de trabalho sobre questões que vão desde o comércio global até a comunicação militar, têm atenuado as tensões públicas que levaram a relações historicamente baixas no ano passado.
Mas Washington e Pequim estão cada vez mais em desacordo sobre como as empresas norte-americanas operam na China, as exportações e capacidade de produção chinesas, e as tensões também estão crescendo sobre o apoio chinês à Rússia em sua guerra na Ucrânia.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que em uma reunião com a principal autoridade da China em Xangai, Chen Jining, Blinken levantou preocupações sobre as "políticas comerciais e práticas econômicas não mercantis" da China.
Blinken também "enfatizou que os Estados Unidos buscam uma competição econômica saudável com a RPC e condições equitativas para os trabalhadores e empresas dos EUA que operam na China".
RPC, ou República Popular da China, é o nome oficial do país.
Em resposta aos comentários, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin disse em uma coletiva de imprensa que "a China sempre realizou cooperação econômica e comercial de acordo com os princípios do mercado".
"Esperamos que os EUA respeitem o princípio da concorrência justa, cumpram as regras da OMC e trabalhem com a China para criar condições favoráveis ao desenvolvimento sólido e estável das relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA", disse Wang.
Durante sua estada em Xangai, Blinken também conversou com líderes empresariais, bem como com estudantes norte-americanos e chineses no campus local da Universidade de Nova York, onde afirmou que as interações interculturais são "a melhor maneira de garantir que comecemos por entender uns aos outros".
Blinken irá a Pequim na sexta-feira para conversar com seu homólogo, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e possivelmente com o presidente Xi Jinping.
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