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Braskem reduz prejuízo no 4º tri

19/03/2024 08h45

SÃO PAULO (Reuters) - A Braskenm teve prejuízo líquido de 1,57 bilhão de reais no quarto trimestre, queda de 8% sobre o resultado negativo de um ano antes e de 35% sobre o desempenho do período de julho a setembro do ano passado, segundo balanço publicado nesta madrugada.

A companhia, maior petroquímica da América Latina, apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente de 1,05 bilhão de reais, revertendo desempenho negativo sofrido no quarto trimestre de 2022. Ante o terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda recorrente cresceu 14%.

A Braskem, que enfrenta gastos e despesas com a crise ambiental disparada pelo afundamento do solo na região de suas minas de salgema em Maceió, teve um consumo de caixa de 843 milhões de reais no quarto trimestre de 2023 ante uma geração de 155 milhões um ano antes. A crise geológica exigiu 319 milhões de reais em desembolsos de caixa da empresa no final do ano passado.

Em comparação com o terceiro trimestre de 2023, quando o consumo de caixa relacionado a Maceió foi de 1,06 bilhão de reais, porém, a empresa reduziu o consumo de caixa em 70% nos três últimos meses do ano passado.

A Braskem afirmou no balanço que o total de provisões para a crise em Maceió, iniciada em 2018, somava ao final do ano passado 5,24 bilhões de reais, ante 6,63 bilhões em 2022.

A linha final do balanço da empresa na comparação anual foi amparada em parte por uma redução no resultado financeiro negativo da ordem de 67%, para 798 milhões de reais.

A receita líquida de venda caiu 12% sobre um ano antes, em meio a uma redução de 4% na demanda brasileira de resinas, para 16,7 bilhões de reais, mas o custo do produto vendido recuou 18%, apesar da taxa de utilização das centrais petroquímicas da empresa diminuir de 72% no quarto trimestre de 2022 para 66% nos três últimos meses do ano passado.

A Braskem terminou o 2023 com 3,6 bilhões de dólares em caixa, sem considerar linha disponível de crédito rotativo de 1 bilhão de dólares que vence em 2026.

A alavancagem da empresa ao final do ano passado era de 8,12 vezes em dólar, considerando um bond híbrido, ante 12,21 vezes ao fim de setembro e 2,42 vezes no encerramento de 2022.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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