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Sete homens condenados em Hong Kong por agressão a manifestantes pró-democracia

22/07/2021 04h53

Hong Kong, 22 Jul 2021 (AFP) - Sete partidários do governo de Hong Kong que agrediram militantes pró-democracia em uma estação de metrô em 2019 foram condenados com penas de prisão nesta quinta-feira (21) por um tribunal que denunciou um "ataque indiscriminado".

As penas vão de três anos e nove meses até sete anos de prisão.

Em 21 de julho de 2019, homens vestidos com camisas brancas entraram na estação de metrô de Yuen Long (noroeste) e atacaram as pessoas que participaram em um evento favorável à democracia.

A agressão violenta e a passividade da polícia representaram um ponto de inflexão na grande mobilização popular de 2019, pois fortaleceu a determinação dos manifestantes e, sobretudo, aumentou sua desconfiança a respeito das autoridades de Hong Kong e das forças de segurança.

O juiz Eddie Yip considerou que este grupo "perdeu coletivamente a cabeça" e que as penas duras são justificadas pelo trauma que provocaram nas vítimas e "o terror extremo sentido pelos habitantes".

Após a leitura do veredicto, os simpatizantes dos acusados insultaram o juiz.

Um homem que exibia uma bandeira da China gritou repetidamente "juiz cachorro" enquanto saída da sala do tribunal.

Em 21 de julho de 2019, mais de 100 homens atacaram os manifestantes, assim como jornalistas e passageiros do metrô.

Quase 50 pessoas foram hospitalizadas após o ataque.

A explosão de violência foi filmada e transmitida ao vivo pelas redes sociais.

Posteriormente, a polícia confirmou que alguns agressores estavam vinculados às tríades, organizações criminosas chinesas.

O ataque também foi um desastre de relações públicas para o Executivo de Hong Kong, após a divulgação de fotos que mostravam policiais conversando com os homens vestidos de branco e armados com pedaços de pau antes de deixá-los em liberdade.

Hong Kong foi durante vários meses de 2019 cenário de manifestações quase diárias e em algumas ocasiões violentas para denunciar o declínio das liberdades na cidade e a crescente interferência de Pequim nos assuntos da ex-colônia britânica.

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