'Pandemia não impede luta pelo clima', alerta premiê da Itália
"Os desafios que enfrentamos hoje estão entre os mais urgentes do nosso tempo. A ameaça existencial representada pelas mudanças climáticas, a degradação dos solos e o declínio da biodiversidade global já nos levaram a uma encruzilhada, que vai determinar se podemos salvaguardar nosso planeta e construir um futuro sustentável", afirmou.
Segundo o premiê italiano, "a União Europeia (UE) deu um passo importante neste sentido através da sua próxima geração, que irá dedicar pelo menos 37% dos seus recursos financeiros a investimentos verdes".
Conte ressaltou a importância dos países do bloco se esforçarem para "tornar realidade a rápida implementação do Acordo de Paris".
"A Itália está fortemente empenhada em alcançar a saída de carbono até 2050. Usaremos esse objetivo como motor e bússola para nossa recuperação", prometeu.
Durante seu discurso, o premiê disse estar empenhado no pleno sucesso da COP26, que será presidida pelo Reino Unido em parceria com os italianos, principalmente porque a Itália acolherá um "evento inovador, que permitirá aos jovens fazer de tudo, trocar opiniões, ideias e até críticas, com um espírito construtivo".
Para ele, os jovens têm o direito de dar uma contribuição decisiva para este processo.
A Itália pretende se concentrar na ligação clima-energia e em como alcançar transições rápidas para um futuro com emissões zero. "Estou convencido de que o G20 pode liderar o mundo na direção certa. Como país que detém a presidência de 2021, tentaremos sublinhar o papel fundamental deste fórum na viabilização de acordos ambiciosos", explicou Conte, citando três frentes de trabalho: "Convenções do Rio sobre clima, biodiversidade e desertificação".
As declarações de Conte foram dadas durante um encontro virtual entre os líderes para debater emissões e temas relacionados com o meio ambiente.
O rei saudita Salman bin Abdulaziz Al-Saud, que é anfitrião nesta reunião, defendeu implementar uma "economia circular", para criar condições de economias mais sustentáveis, e metas ambientar ambiciosas.
No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua vez, promoveu um duro ataque contra o Acordo de Paris, classificando de "injusto" para seu país, que nos últimos quatro anos, deu "passos incríveis" no clima.
O republicano afirmou que o tratado não foi criado para salvar o mundo, mas para "destruir os EUA".
Já o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, duramente criticado por sua atuação na política ambiental e na preservação da Amazônia, não participou do evento paralelo sobre as mudanças climáticas. Ontem(21), ele também não debateu a questão da pandemia a uma resposta global. (ANSA)
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