EUA responsabiliza Maduro por integridade de presos americanos na Venezuela
Washington, 23 Mar 2019 (AFP) - Os Estados Unidos responsabilizaram nesta sexta-feira o governo de Nicolás Maduro pela integridade de todos os americanos detidos na Venezuela, entre eles cinco funcionários da empresa Citgo, que não identificaram, e o professor de dança Todd Leininger.
O porta-voz do departamento de Estado Robert Palladino disse que Washington está "muito preocupado" com os relatórios de que funcionários das prisões impedem o acesso dos advogados aos detentos, proíbem os telefonemas de rotina e evitam que as famílias entreguem alimentos.
"Faremos com que Maduro e seus funcionários prestem contas por sua segurança e bem-estar", destacou Palladino.
O funcionário acusou Caracas de ser incapaz de alimentar, dar atendimento médico e o julgamento "justo e transparente" que os presos merecem.
Segundo o departamento de Estado, o "defeituoso" sistema judicial de Maduro mantém detidos há mais de um ano e sem audiência judicial programada cinco funcionários da Citgo na Venezuela com dupla nacionalidade - americana e venezuelana -, assim como outro venezuelano com residência legal nos Estados Unidos, cujos nomes não revelou.
"Estes homens sofrem de doenças crônicas relacionadas à sua prisão e tratamento desumano", disse Palladino sobre os funcionários da Citgo, filial nos Estados Unidos da petroleira estatal venezuelana PDVSA.
O departamento de Estado também denunciou o caso de Leininger, que permanece detido após um tribunal determinar sua libertação no dia 5 de novembro passado.
O professor de dança está preso desde abril de 2014, quando viajou à cidade de San Cristóbal com sua mulher venezuelana e foi detido durante protestos contra Maduro sob a acusação de terrorismo e tráfico de armas.
ad/lr
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