Topo
Notícias

REPORTAGEM

Moto elétrica do iFood vai custar menos de R$ 10 mil; conheça

Criada em parceria com a Voltz, a moto elétrica do iFood é vendida "sem bateria"; entenda - Divulgação/iFood
Criada em parceria com a Voltz, a moto elétrica do iFood é vendida "sem bateria"; entenda Imagem: Divulgação/iFood
do UOL

Colunista do UOL

01/06/2022 13h30Atualizada em 01/06/2022 15h32

O iFood apresentou oficialmente sua moto elétrica, criada em parceria com a Voltz. Destinada a entregadores da plataforma, a moto elétrica do iFood é baseada na EVS Work, modelo de uso profissional da Voltz, porém caracterizada com as cores e o logo da plataforma. A moto será vendida por R$ 9.999,90, praticamente a metade do valor cobrado pela EVS, com uma bateria, comercializada por R$ 19.990.

Além de ter preço promocional, a moto elétrica do iFood poderá ser adquirida por meio de uma linha de financiamento com condições diferenciadas, por meio do banco BV. O banco ainda oferece um subsídio de R$ 2 mil para as 300 primeiras motos que forem financiadas - mediante aprovação de crédito e usuário -, ou seja, nesse caso a moto sai por menos de R$ 8 mil.

O preço atrativo da EVS Work iFood, entretanto, não inclui as baterias - que custam cerca de 40% do valor das motos elétricas. Os entregadores que adquirirem a moto elétrica do iFood terão de fazer a assinatura de um plano de troca de baterias. Os valores da assinatura variam de R$ 129, para uma franquia de 2.000 km por mês, até R$ 319, para quilometragem e troca ilimitada de baterias.

ifood moto elétrica - Divulgação - Divulgação
Motos elétricas do iFood estão disponíveis apenas aos entregadores da capital paulista; meta é vender 10 mil unidades até o fim de 2023
Imagem: Divulgação

Na prática, o usuário não é dono da bateria, ele a usa como serviço (Battery as a Service) em uma rede de estações de troca rápida, que está sendo criada pela Voltz. No momento, já existem 33 estações de troca em 19 postos Ipiranga na capital paulista, mas o plano da Voltz é chegar a 100 estações ainda este ano. Tudo para atender as mais de 10 mil motos elétricas que o iFood pretende colocar na rua até o final de 2023.

Como é a moto elétrica do iFood

Além de ser vendida sem as baterias, a EVS Work iFood tem acabamento mais simples que a EVS convencional. Na dianteira, tem freio a disco simples, balança convencional, com dois braços, na traseira, e painel digital é de LCD e não de TFT, como na EVS.

EVs Work iFood - Divulgação/iFood - Divulgação/iFood
Batizada de EVS Work iFood, moto elétrica chega a 85 km/h e pode rodar até 180 quilômetros com duas baterias
Imagem: Divulgação/iFood

Segundo Lucas Vitale, gerente de contas estratégicas da Voltz Motors, a EVS também foi reforçada para atender às necessidades dos entregadores. Outra diferença é que a velocidade final é de 85 km/h, contra os 120 km/h da EVS "normal" - mas, caso o entregador deseje, será possível destravar essa limitação. Afinal, o motor e as baterias são as mesmas, assim como a autonomia, que pode chegar a 180 quilômetros.

Como vai funcionar a troca de bateria

Assim como os consumidores, os entregadores vão controlar sua moto por meio do aplicativo "Hello Voltz". Além de informações sobre a moto, como carga e consumo da bateria, o app para smartphones mostra a localização das estações de baterias e serve para liberar a troca que, segundo as empresas, deve demorar menos de 1 minuto.

Os planos de assinatura de troca de bateria variam de R$ 129/mês com franquia para 2.000 km até R$ 319 mensais para quilometragem e trocas ilimitadas. Embora não sejam donos das baterias, os entregadores poderão levá-las para casa e carregar em tomadas comuns. A recarga leva de cinco a seis horas com o carregador que é vendido juntamente com a moto.

estações de troca - Divulgação - Divulgação
Atualmente, existem 33 estações de troca de bateria em 19 postos da capital paulista; objetivo é chegar a 100 ainda em 2022
Imagem: Divulgação

Outra funcionalidade bem interessante para os entregadores da capital paulista, onde as motos estarão disponíveis, inicialmente, é a localização por GPS. Como são conectadas à nuvem, as motos são monitoradas a distância e sua localização é mostrada no app. Em caso de uma movimentação suspeita, quando estacionarem a moto, os entregadores receberão um alerta e terão a opção de fazer o bloqueio das rodas, o que impedirá o furto.

Economia pode chegar a 70%

Após a realização de testes na cidade de São Paulo com 30 entregadores da plataforma, foi verificado que a troca de uma moto a combustão por uma elétrico gera uma redução real de custos para a realização das entregas. Segundo o iFood e a Voltz, um entregador que percorre 3.000 km por mês tem custo mensal em torno de R$ 610 com combustível (considerando o litro da gasolina a R$ 7,10).

Com a moto elétrica, esse custo vira um valor fixo, levando em conta o sistema de troca de bateria desenvolvido nesse projeto, gerando uma economia de mais de 60% para o entregador somente em combustível. Se for levada em considerando a manutenção da moto, o valor mensal de gastos pode cair, em média, 70%, de acordo com as empresas.

Embora precise de menos manutenção do que uma moto a combustão, pois não há gastos com troca de óleo, relação ou revisões obrigatórias, a moto elétrica da Voltz precisa passar por um check-up periodicamente, a cada 5.000 km. Essa revisão, segundo a marca, sai por R$ 100 em sua loja na capital paulista e cerca de R$ 160 em oficinas credenciadas.

Os entregadores interessados em adquirir a moto elétrica EVS Work iFood, precisam acessar o site da parceria e preencher um formulário, para sinalizar o interesse na compra. Reforçando que, por enquanto, as motos elétricas só estão disponíveis para os entregadores da cidade de São Paulo.

Notícias