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Assessor de Bolsonaro vira réu por gesto racista

24/06/2021 09h43

SÃO PAULO, 24 JUN (ANSA) - A Justiça Federal de Brasília tornou réu o assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, por gesto racista nesta quarta-feira (23). O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos aceitou assim a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o assessor.   


O fato ocorreu em março deste ano, durante uma sessão virtual de um grupo do Senado. Martins, que estava sentado atrás do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), e fez um gesto com a mão usado por grupos de supremacistas brancos que representa o "White Power".   


À época, o assessor disse que estava "arrumando gravata", mas o MPF afirma que ele "difunde ideias extremistas" e também "agiu de maneira intencional". Além do gesto, os procuradores destacam que nas páginas das redes sociais de Martins há diversas citações referentes aos grupos supremacistas em diversos países.   


"Não é verossímil nem casual que tantos símbolos ligados a grupos extremistas tenham sido empregados de forma ingênua pelo denunciado, ao longo de vários meses em que ocupa posição de poder na estrutura da administração pública federal, nem que sua associação a grupos e ideias extremistas tenha sido coincidência em tantas ocasiões", informam os procuradores no processo.   


Martins responderá por "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" e pode pegar até três anos de prisão pelo crime em si.   


Os procuradores ainda adicionaram mais dois agravantes - crime cometido por meio de comunicação social e possível abuso de poder ou violação de dever inerente ao caso -, que podem adicionar de dois a cinco anos a uma possível pena. (ANSA).   


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