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Relator diz que Bolsonaro precisa se engajar na reforma administrativa

Arthur Maia afirma que o presidente precisa "se manifestar claramente" sobre apoio à pauta - Anderson Riedel/PR
Arthur Maia afirma que o presidente precisa 'se manifestar claramente' sobre apoio à pauta Imagem: Anderson Riedel/PR

Adriana Fernandes e Camila Turtelli

16/06/2021 13h00

Relator da reforma administrativa na comissão especial, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) diz que o presidente Jair Bolsonaro precisa se engajar para que a reforma administrativa avance no Congresso.

Quais são as mudanças que o sr. vai incluir no seu parecer?

Pretendo incorporar a emenda do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) que trata da ampliação do texto para que os membros dos Poderes também sejam submetidos à reforma. Não faz sentido fazer uma reforma para criar obrigações para o ascensorista do Ministério da Agricultura que ganha R$ 2 mil e ficar de fora quem ganha R$ 30 mil, R$ 40 mil.

Existe algum entendimento sobre esperar a reforma administrativa engrenar para poder avançar com a tributária?

Acho que não vamos tocar a reforma tributária enquanto não acontecer a tramitação da reforma administrativa.

Os servidores dizem que a reforma é um projeto de poder do governo para dominar as instituições e com nomeação livre de cargos técnicos e estratégicos.

Existe na PEC uma proposta de transformar em cargos comissionados os que hoje são designados como cargos de chefia. A PEC, a priori, permite que qualquer pessoa possa preencher esses cargos. Sou contra. Isso aumentará demais a interferência política nos órgãos públicos.

O que o sr. espera que o presidente Bolsonaro faça para se engajar na reforma?

Que ele manifeste claramente para a base dele aqui no Congresso que é a favor da reforma. É isso. Quando fui relator da reforma da Previdência aqui na Câmara, o presidente Temer se engajou pessoalmente com toda sua força para que nós pudéssemos aprovar.

E Bolsonaro tem feito isso?

Não, mas o jogo não começou. Vamos ter a primeira reunião amanhã (hoje) para definir um calendário para discutir a reforma. Vou propor uma série de temas e discutir datas para audiências em torno desses temas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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