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EUA proíbem importação de produtor de algodão da China citando trabalho escravo

03/12/2020 10h32

Por David Lawder e Dominique Patton

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expandiu a pressão econômica na região de Xinjiang, oeste da China, proibindo as importações de algodão de uma poderosa organização quase militar chinesa que, segundo os EUA, usa trabalho forçado de muçulmanos uigures detidos.

A agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA disse na quarta-feira que proibiria algodão e produtos de algodão do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC), um dos maiores produtores da China.

A medida, que a China disse ter sido baseada em uma invenção, é a mais recente do governo Trump em suas semanas finais para endurecer a posição dos EUA contra Pequim, tornando mais difícil para o presidente eleito Joe Biden aliviar as tensões EUA-China.

A proibição contra a XPCC, que produziu 30% do algodão da China em 2015, pode ter um efeito abrangente nas empresas globalmente envolvidas na venda de têxteis e vestuário para os Estados Unidos.

"Os produtos de algodão baratos que você pode comprar para a família e amigos durante esta temporada --se vindos da China-- podem ter sido feitos por trabalho escravo, em algumas das mais flagrantes violações de direitos humanos existentes hoje no mundo moderno", disse o secretário do Departamento de Segurança Interna, Kenneth Cuccinelli, uma coletiva de imprensa.

Cuccinelli disse que uma proibição de importação de algodão em toda a região de Xinjiang ainda está sendo estudada.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, respondeu dizendo que os políticos norte-americanos "inventam notícias falsas sobre o trabalho forçado para suprimir as empresas chinesas e a China".

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