Empresas devem ser protagonista de reflorestamento na Amazônia, diz presidente da Reforest'Action
As empresas podem salvar a Amazônia. É com essa afirmação que Stéphane Hallaire, presidente da Reforest'Action, abre a discussão em torno da questão ambiental em seu texto de opinião publicado nesta quinta-feira (6) no jornal Les Échos.
Os números são claros: o desmatamento continua acelerando globalmente, especialmente no Brasil, onde 20% da floresta amazônica já foi destruída. Segundo Hallaire, as empresas têm uma capacidade, interesse e uma responsabilidade histórica de se tornarem o principal suporte financeiro para o reflorestamento global.
As perspectivas agora são conhecidas por todos, continua a publicação francesa. Sete graus de aquecimento até 2100 na falta de ação dos governos, savanização da Amazônia, florestas tropicais com emissões líquidas de CO2. Para evitar a concretização das projeções científicas e suas consequências socioeconômicas, todos os compromissos devem incluir a redução da emissão de gases poluentes por cidadãos, empresas e governos.
Essa diminuição, diz o representanteda Reforest'Action, é essencial para derrubar o desmatamento planetário. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas recomenda o reflorestamento de 1 bilhão de hectares de florestas para conter o aquecimento global de 1,5°C até 2050.
A ideia é reconstituir florestas diversificadas, em benefício das comunidades locais. Plantar a toda velocidade também não é a regra de ouro, mas apoiar a regeneração natural das florestas quando as condições locais permitem.
Somas colossais
Para enfrentar esse desafio histórico, são necessárias somas colossais. Para o presidente da Reforest'Action, esse investimento deve vir das empresas. São elas que criam grande parte das riquezas do mundo, que os Estados utilizam por meio dos impostos para financiar e desenvolver os serviços públicos.
Nenhum outro órgão é capaz de criar tanta riqueza quanto o reflorestamento global exige. Também porque as empresas vêm extraindo grandes quantidades de recursos naturais há décadas para produzir bens e serviços. Ágeis e responsivas, elas são capazes de mobilizar rapidamente os fundos necessários.
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