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Chilenos voltam às ruas para protestar pelo 5º dia consecutivo

22/10/2019 17h29

Santiago, 22 out (EFE).- Milhares de pessoas voltaram nesta terça-feira às ruas no Chile para protestar contra o governo do país pelo quinto dia consecutivo.

Em Santiago, os manifestantes começaram a chegar à tarde na Praça Itália, epicentro dos protestos na cidade e onde foi montado um forte esquema de segurança com a presença de militares que desde a última sexta-feira estão em operações na capital. Um grande número de pessoas cruzou a pé a avenida Bernardo O'Higgins para chegar ao local.

Muitos manifestantes que chegam à praça e a ruas próximas relatam ter sentido ardência nos olhos e nariz, pois substâncias usadas nas bombas de gás lacrimogêneo disparadas nos protestos de ontem pela polícia e que já estavam no asfalto voltaram a subir devido ao tráfego matinal de veículos.

Além dos novos protestos na Praça Itália, também houve um panelaço na avenida Apoquindo, na cidade de Los Condes, na região metropolitana de Santiago. Também vizinha da capital, Ñuñoa foi palco de outras manifestações pacíficas contra o governo.

Terceira maior cidade do Chile, Valparaíso teve protestos hoje na região do porto, mas com confrontos entre manifestantes e policiais. Já em Concepción, a segunda maior, uma grande passeata percorreu a região central.

Pelo menos 15 pessoas morreram desde o início da onda de protestos no país, 11 delas durante saques, três em confrontos com a polícia e uma atropelada por um veículo militar. Entre os mortos há dois cidadãos colombianos e um equatoriano. Segundo as autoridades chilenas, 2.643 pessoas foram detidas por envolvimento em atos de violência.

O aumento do preço do transporte público em Santiago iniciou os protestos, que com o passar dos dias ganhou novas pautas populares, como a insatisfação com o sistema previdenciário e os serviços de saúde pública.

Como resposta aos confrontos e distúrbios, o governo decretou estado de emergência em quase todas as regiões do país, cedendo a segurança pública às Forças Armadas e decretando toques de recolher. EFE

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