Manifestantes depredam estação de metrô em Hong Kong
Os manifestantes usaram martelos para quebrar os sensores dos portões e danificaram as câmeras de segurança e telas das máquinas de bilhetes. A polícia de choque chegou depois do ataque e a estação foi fechada com uma grade de metal bloqueando a entrada.
O ataque no final da tarde (hora local) na estação de Shatin ocorreu depois de manifestantes – que se encontravam no shopping Shatin New Town Plaza, com ligação à estação de metro – terem gritado slogans e cantado uma música que se tornou o seu hino, apoiados por um pequeno grupo que tocava instrumentos de sopro através das máscaras.
A tensão aumentou quando ativistas mascarados exibiram uma bandeira chinesa pelo shopping, tirada de um prédio do governo. A bandeira foi lançada mais tarde num rio próximo. Alguns manifestantes, vestidos de preto, desmontaram as portas das lojas e outras propriedades do shopping para fazer uma barricada na entrada do prédio.
No entanto, um protesto planejado para este domingo no Aeroporto Internacional de Hong Kong não se concretizou, embora várias estações tenham sido fechadas ao longo da linha ferroviária expressa que liga o aeroporto à cidade.
O aeroporto tem sido um ponto de encontro para protestos, depois que os manifestantes interromperam voos ao realizar uma manifestação, atraindo atenção internacional.
Na noite de sábado, a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra manifestantes que atiraram coquetéis molotov contra policiais e atearam fogo nas ruas.
Agora em seu quarto mês, as manifestações pró-democracia em Hong Kong têm, frequentemente, escalado para violência ao final do dia e durante a noite. Um grupo de manifestantes radical considera que são necessárias ações extremas para chamar a atenção do governo.
As manifestações pró-democracia tiveram início a partir de um projeto de lei agora abandonado para permitir extradições de Hong Kong para a China continental. O atual movimento é o maior realizado contra o governo chinês desde que Hong Kong foi devolvida pelo Reino Unido para a China, em 1997.
A transferência de Hong Kong decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas". Foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia no Executivo, Legislativo e Judiciário. O governo central chinês é responsável, no entanto, pelas relações externas e defesa.
CA/lusa/afp/ap/dpa/rtr
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