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Icônico edifício de Pequim em forma de dragão é leiloado

20/08/2019 08h35

Pequim, 20 ago (EFE).- O icônico edifício com forma de cabeça de dragão situado muito perto da região olímpica de Pequim, foi leiloado nesta terça-feira pelo valor de 5,1 bilhões de iuanes (US$ 735 milhões), informou a imprensa local.

O comprador foi a empresa de promoção imobiliária Beijing YuCheng Zhiye, segundo o jornal de Hong Kong "South China Morning Post".

Este edifício pertencia ao magnata Guo Wengui, um dos homens mais ricos da China até que em 2014 fugiu do país para evitar uma investigação por corrupção. Desde então, Wengui está exilado nos Estados Unidos.

O leilão foi organizado pela justiça de Pequim e aconteceu através do portal de comércio eletrônico Taobao, que recebeu mais de 144 mil visitas desde que foi publicada a informação nessa site.

No entanto, apenas dois usuários se registraram para participar do leilão, que terminou hoje de manhã, já que exigia uma fiança de 1 bilhão de iuanes (US$ 142 milhões) para ter acesso a ele.

O Taobao tinha avaliado o edifício em 7.920 bilhões de iuanes (US$ 1,1 bilhão), ou seja, metade de preço que os edifícios de escritórios das mesmas caraterísticas que se situam nesta região do norte da capital chinesa.

A torre, de 39 andares, abriga um hotel de luxo e a central na China da IBM.

O valor arrecadado no leilão será utilizado para pagar parte de uma dívida de mais de 3 bilhões de iuanes (US$ 425 milhões) contraída pela Beijing Zenith Holdings, a empresa de Guo, com o Banco de Xangai e um investidor dessa cidade.

O citado banco já tinha tentado sem sucesso se desfazer do edifício em duas ocasiões, nas quais não encontrou comprador.

Guo é considerado próximo ao ex-vice-ministro de Segurança Pública e antigo responsável da espionagem chinês Ma Jian, condenado em dezembro de 2018 à prisão perpétua por corrupção, envolvimento em transações forçadas e uso de informação privilegiada.

Segundo as investigações, Ma teria utilizado sua influência para beneficiar Guo.

Desde o exílio em Nova York, o magnata lançou várias acusações de corrupção contra importantes figuras do regime comunista chinês em entrevistas e nas redes sociais, embora sem fornecer provas.

Em abril de 2017, Interpol ditou uma ordem internacional de detenção contra ele por corrupção, algo que Guo rejeitou assegurando que as acusações contra si são "puras mentiras" que correspondem a uma vingança das autoridades comunistas. EFE

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