Huawei diz que trégua acertada com EUA 'não muda nada'
Pequim, 20 Ago 2019 (AFP) - Huawei afirmou nesta terça-feira que a trégua de 90 dias acertada entre a administração de Donald Trump e as empresas americanas que vendem componentes ao grupo chinês "não muda nada" para a empresa, que afirma ser tratada de "maneira injusta" por Washington.
Os Estados Unidos estenderam na segunda-feira por 90 dias as isenções que permitem ao gigante das telecomunicações continuar comprando tecnologia americana, antes da proibição definitiva, adotada por Trump para asfixiar o grupo acusado de manter vínculos com a Inteligência chinesa.
Este novo prazo "tem por objetivo dar aos consumidores em todo os Estados Unidos o tempo necessário para encontrar outros fornecedores alternativos a Huawei, que representa uma ameaça à segurança nacional e à política externa", explicou o departamento americano do Comércio.
O grupo chinês, segundo na venda de smartphones (atrás da Samsung), afirmou que o adiamento "não muda nada no fato de que a Huawei tem sido tratada de maneira injusta".
Esta decisão "não terá impacto substancial nos negócios da Huawei em qualquer sentido".
"Fica claro que esta decisão, tomada neste momento preciso, tem motivação política e nada tem a ver com a segurança nacional" dos Estados Unidos, lamentou a Huawei, acrescentado que a medida "viola os princípios fundamentais de concorrência", prejudicando, inclusive, as empresas americanas.
"Tentar eliminar as atividades da Huawei não ajudará os Estados Unidos a conseguir uma supremacia tecnológica. Apelamos ao governo dos Estados Unidos para que acabe com este tratamento injusto e retire a Huawei" da lista negra.
Os negócios do grupo podem ser afetados pela falta de acesso a hardware e software chaves, incluindo chips.
bar/roc/lr
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