Brasil manterá Operação Acolhida de forma emergencial após corte dos EUA

O Brasil decidiu bancar, em "caráter emergencial", a Operação Acolhida, para recebimento de imigrantes da Venezuela, após os Estados Unidos anunciarem o corte de verba por três meses na OIM (Organização Internacional para as Migrações).
O que aconteceu
Suspensão de 90 dias da verba dos Estados Unidos. A OIM foi obrigada a suspender pelos próximos três meses suas atividades no Brasil que dependem de financiamento dos Estados Unidos após os cortes operados por Donald Trump.
Governo quer reduzir os impactos da ausência das equipes da OIM na operação logística e na gestão de abrigos. Entre as ações emergenciais estão a realocação de servidores das áreas de saúde, assistência social, da Polícia Federal e Defesa para manterem, em caráter emergencial, as atividades essenciais da operação.
O UOL apurou que ao Ministério da Defesa já fez um planejamento de 15 dias para manter operação em funcionamento. Esse prazo deve ser prorrogado para pelo menos 30 dias, segundo interlocutores.
O governo brasileiro reafirma seu compromisso com o acolhimento humanitário de imigrantes e seu entendimento sobre a importância das atividades desenvolvidas pela OIM e demais instituições especializadas no tema para alcance desse objetivo.
Ministério da Casa Civil, em nota divulgada à imprensa
A decisão foi tomada após reunião do governo com representantes da OIM, segundo a pasta. Participaram da reunião representantes dos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde, da Defesa, da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal.
OIM é um dos principais apoios do governo brasileiro na área. O cenário impacta diretamente programas como a Operação Acolhida e projetos de integração e acolhimento de imigrantes e refugiados em ao menos 14 estados.