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Quem fazia parte dos três núcleos que discutiram golpe, segundo delação

Eduardo Bolsonaro defendia golpe de estado conforme delação de Mauro Cid - Reprodução
Eduardo Bolsonaro defendia golpe de estado conforme delação de Mauro Cid Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em Brasília

26/01/2025 20h18Atualizada em 26/01/2025 21h43

Três grupos se formaram no entorno de Jair Bolsonaro (PL) após a derrota na corrida presidencial em 2022, segundo a delação de Mauro Cid. Havia conselheiros pregando desmobilização dos acampamentos em frente aos quartéis e quem defendesse o oposto: um golpe de Estado.

O que aconteceu

A existência desses grupos foi conhecida com a revelação do primeiro depoimento de Cid como delator. Publicada na coluna do jornalista Elio Gaspari na Folha de S.Paulo, a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, dada à Polícia Federal em 2023, demonstra a atitude de autoridades de primeiro escalão.

O UOL compilou quem estava em cada grupo. Também é apresentada uma explicação de como pensavam e agiram as pessoas que estavam em cada um deles.

Grupos dos radicais

Era dividido em dois subgrupos. O primeiro queria encontrar fraudes nas urnas eletrônicas. Faziam parte dele as autoridades abaixo:

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Valdemar Costa Neto, presidente do PL, insistia em encontrar fraudes nas urnas
Imagem: WILTON JUNIOR - 23.nov.22/ESTADÃO CONTEÚDO
  • Deputado general Pazuello (PL-RJ);
  • Presidente do PL, Valdemar Costa Neto;
  • Major Angelo Martins Denicoli;
  • Senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS);

O outro subgrupo dentro dos radicais queria golpe de Estado. Eles pediam para Bolsonaro assinar o "decreto" e acreditavam que o "povo" e os CACs iriam aderir. Os integrantes eram:

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Michelle e Eduardo Bolsonaro defendiam um golpe militar de acordo com Cid
Imagem: Reprodução/redes sociais
  • Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP);
  • Michelle Bolsonaro;
  • Assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins;
  • Ex-ministro Onyx Lorenzoni;
  • Ex-ministro Gilson Machado;
  • Senador Jorge Seif (PL-SC);
  • Senador Magno Malta (PL-ES);
  • General Mario Fernandes;

Grupo dos moderados

Entendiam que nada podia ser feito em relação às eleições. Temiam que um golpe armado resultasse em um regime militar com 20 ou 30 anos de duração. Era composto pelos seguintes membros:

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O então comandante do Exército informou Bolsonaro que era contra intervenção militar
Imagem: Gabriela Biló-25.ago.22/Folhapress
  • Então comandante do Exército, general Freire Gomes;
  • General Júlio Cesar de Arruda;
  • General Estevam Theophilo;
  • Ministro da Defesa, General Paulo Sérgio;

Grupo conservador de linha política

Aconselhava Bolsonaro "a mandar o povo para casa". Eles queriam o a desmobilização dos acampamentos em frente aos quartéis e o candidato derrotado na eleição liderando a oposição. As autoridades abaixo fizeram parte deste grupo:

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Flávio Bolsonaro aconselhou a desmobilização dos acampamentos em frente aos quartéis
Imagem: Roque de Sá - 3.dez.24/Agência Senado
  • Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
  • Então ministro Ciro Nogueira;
  • Advogado-Geral da União, Bruno Bianco;
  • Comandante da FAB, brigadeiro Batista Junior;

Alguns integrantes deste grupo ainda tinham outro conselho a Bolsonaro. Defendiam que ele deixasse o Brasil, o que viria a acontecer antes da posse de Lula (PT). Os nomes abaixo atuaram nesta direção:

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Hoje delator, Mauro Cid foi favorável a Bolsonaro deixar o país depois da derrota na corrida presidencial
Imagem: Adriano Machado/Reuters
  • Ajudante de ordens, Mauro Cid;
  • Empresário Paulo Junqueira;
  • Ex-secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Nabhan Garcia.

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