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Barroso destaca papel da 'imprensa que confere fatos em mundo polarizado'

Luís Roberto Barroso, presidente do STF - Pedro Ladeira - 14.nov.24/Folhapress
Luís Roberto Barroso, presidente do STF Imagem: Pedro Ladeira - 14.nov.24/Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/01/2025 10h39

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse nesta quinta-feira (23) que o Brasil nunca precisou tanto de uma imprensa de qualidade, em um momento de polarização nas redes sociais do país.

O que aconteceu

Barroso destacou papel importante da "imprensa que confere fatos". A fala do ministro ocorreu na abertura do Fórum Econômico Brasil Zurique 2025, na Suíça, em um evento do grupo Lide. "A imprensa que confere fatos e separa fato de opinião, a imprensa que tem um papel importante, que é criar um conjunto de fatos comuns sobre os quais as pessoas formam a sua opinião", disse.

Ministro afirmou que imprensa tem função importante em cenário polarizado. "Esse é o grande papel da imprensa, sobretudo neste mundo em que se formaram tribos polarizadas e cada um acha que pode criar a sua própria narrativa", falou.

Evento ocorre dias após a cerimônia de posse de Donald Trump, nos EUA, ter dado destaque às big techs. O encontro do qual participa Barroso reúne líderes, autoridades públicas, investidores e empresários durante um dia todo para tratar de questões político-institucionais e econômicas.

Mentir precisa voltar a ser errado, diz Barroso. "Uma das coisas que nós precisamos no mundo contemporâneo é fazer com que mentir volte a ser errado e a gente possa voltar a trabalhar sobre fatos comuns, sobre os quais nós possamos formar as nossas opiniões", afirmou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não esteve presente no evento por motivos de saúde, mas gravou um vídeo. Ele defendeu a qualificação do orçamento público, o combate a privilégios e desperdícios, uma rediscussão sobre o tamanho do Estado e a qualificação do gasto público.

Foco do Congresso em 2025 será equilíbrio fiscal, segundo Pacheco. "Um Congresso Nacional que teve condições de entregar a reforma tributária, a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e marcos legislativos dos mais diversos, como a autonomia do Banco Central, a capitalização da Eletrobras, seguramente é capaz de entregar a qualificação do gasto público", falou.

O presidente do Senado também destacou a importância da vigilância das instituições em relação à democracia. "A preservação e o cuidado com a democracia devem ser constantes, uma constante vigilância das instituições, dos Poderes da sociedade em torno de um tema que é sensível hoje", disse. "Discutir a democracia em tempos incertos, sombrios e de certo obscurantismo é muito importante."

Pacheco disse ainda que se vive um "saudosismo de coisas do passado que foram ruins para a sociedade". É muito importante que as pessoas responsáveis desse país possam se unir para fazer o enfrentamento devido de combate a esse retrocesso que muitos ainda tentam fazer no Brasil e no mundo".

O que dizem os envolvidos

Há novas lideranças, há fatos novos, e não adianta fugirmos da realidade. Mas, com todas as mudanças, nós precisamos conservar nossos valores, que são o bem, a Justiça, a civilidade e a dignidade de todas as pessoas. Na adaptação que o mundo vai fazer, essa é uma concessão que nós não podemos fazer.
Luís Roberto Barroso, ministro do STF

Não tenho dúvida de que o ano de 2025 será pautado nesta lógica, a partir do momento em que se entrega um novo sistema de arrecadação, um novo sistema de gastos que atenda aos interesses da população e que confira o equilíbrio fiscal que nós precisamos para atrair investimentos.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado

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