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Investimento por aluno no Brasil aumenta, mas ainda é 6º pior da OCDE

Sala de aula da escola estadual Padre Antonio Vieira, localizada no bairro de Santana, em São Paulo - Flávio Florido/EducaçãoSP
Sala de aula da escola estadual Padre Antonio Vieira, localizada no bairro de Santana, em São Paulo Imagem: Flávio Florido/EducaçãoSP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/09/2024 06h00

Apesar de uma melhora no indicador de investimentos por aluno, o Brasil está entre os seis países com menor investimento por pessoa no ensino primário, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O que aconteceu

Os números são da edição de 2024 do Education at Glance. O relatório da OCDE divulgado nesta terça-feira (10) compara as estruturas de educação dos países membros com base em dados de 2021.

Investimento por aluno no Brasil é consideravelmente menor do que a média da organização. O Brasil investe cerca de 69% a menos por aluno que a média.

País investe US$ 3.668 por aluno do primário, e a média da OCDE é de US$ 11.914. Entre os 42 países avaliados, o Brasil aparece na 36ª colocação.

Porém, se comparado ao relatório de 2023, houve um aumento no investimento médio no Brasil. No ano passado, cada aluno tinha um investimento público de US$ 2.981. Na última divulgação, o valor por aluno na média da OCDE também era menor (US$ 10.510).

Brasil ocupa a sexta posição entre os que menos investem por aluno. O país só fica à frente de Romênia (US$ 3.241), Turquia (US$ 3.133), África do Sul (US$ 2.888), México (US$ 2.808) e Peru (US$ 2.022).

Vizinhos da América do Sul investem mais por aluno. Em 2021, os gastos da Argentina e Chile por estudante foram de, respectivamente, US$ 3.679 (35º no ranking geral) e US$ 7.081 (29º).

No topo da lista dos que mais investem, estão Luxemburgo, Suíça e Noruega. Veja abaixo os cinco países que mais investiram por aluno do primário:

  • Luxemburgo: US$ 26.559
  • Suíça: US$ 19.679
  • Noruega: US$ 17.779
  • Islândia: US$ 16.899
  • Bélgica: US$ 15.897

Vale pontuar que, a variação demográfica e do número de estudantes dos países pode influenciar diretamente os gastos públicos por pessoa. A quantidade de habitantes em idade escolar pode alterar, por exemplo, na necessidade de expandir salas de aula, adquirir materiais didáticos, na contratação de professores, etc.

Queda em gastos com educação

Brasil também investiu menos que a média da OCDE nos ensinos médio e superior: US$ 4.058 (média da OCDE: US$ 12.713) e US$ 13.569 (média da OCDE: US$ 17.138), respectivamente

Entre 2015 e 2021, houve uma diminuição de 2,5% ao ano, em média, em investimento público em educação no país. Por outro lado, os países da OCDE, em média, aumentaram o gasto em 2,1% ao ano no mesmo período.

A fatia de investimentos públicos com educação como proporção dos investimentos públicos totais do governo diminuiu de 11,2% em 2015 para 10,6% em 2021. Contudo, de acordo com o relatório, também houve uma redução entre o restante dos países integrantes da OCDE — de 10,9% para 10%.

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