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Alckmin diz que mercado é 'estressado' e que tendência do dólar é cair

do UOL

Do UOL, em Brasília

09/07/2024 11h47

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira (9) que o mercado é "estressado" e que o dólar deve seguir tendência de queda.

O que aconteceu

O dólar abriu em leve baixa hoje, a R$ 5,452. O câmbio vinha sofrendo instabilidade por causa do mercado internacional e de falas recentes do presidente Lula (PT) sobre corte de gastos e interferência do Banco Central.

Alckmin disse ver com naturalidade as mudanças da moeda. "O câmbio é flutuante, do mesmo jeito que ele subiu ele reduz, ele tem oscilações —e deve ser flutuante mesmo. Acredito que vai cair mais", disse Alckmin, após um evento do Sebrae em Brasília. Lula está cumprindo agenda oficial na Bolívia.

A tendência é que caia mais, é que o mercado é estressado, não tem nenhuma razão para ter ido no patamar que foi. Então, a tendência é que ele caia.
Geraldo Alckmin, sobre dólar

A fala faz uma defesa sutil às declarações de Lula. Antes de o governo federal anunciar o pacote econômico na semana passada, a moeda vinha sofrendo frequentes altas pelo receio de aumento de gastos por parte do mercado —Lula atribuía o crescimento à especulação.

O dólar comercial voltou a cair após o anúncio de corte nas despesas públicas para cumprir a meta fiscal, na última quinta (4). O governo federal prometeu um corte de R$ 25,9 bilhões para o ano que vem e propôs contingenciamento no relatório de despesas de julho.

O real chegou a valer R$ 5,70 na semana passada, e o Ibovespa, até 2 de julho de 2024, acumulava queda de 20,56%, o quarto pior resultado anual desde 2000, segundo a consultoria Elos Ayta. Após o anúncio, a moeda americana fechou o dia em baixa de 1,47%, vendida por R$ 5,486. A cotação não ficava abaixo de R$ 5,50 desde 25 de junho. O Ibovespa teve alta de 0,40%, a 126.256,71 pontos, conforme dados preliminares.

Lula está em viagem internacional desde ontem (8). Ele participou da cúpula do Mercosul em Assunção (Paraguai) e viajou diretamente para a Bolívia. Neste momento, participa de reunião bilateral com o presidente Luis Arce em Santa Cruz de la Sierra e, à tarde, tem encontros com empresários e movimentos sociais dos dois países.

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